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Risco e fraudes

Risco e fraudes

O que é risco de investimento e como funciona. Como esse risco pode ser mitigado? Como evitar os golpes de criptomoeda mais comuns.

Santiago Juarros
Content Analyst

Podemos definir risco como a possibilidade de uma carteira de investimentos não atender aos objetivos financeiros. Isso é, em poucas palavras, fazer operações que fazem o investidor perder dinheiro ou não ganhar nada.

Por portfólio, nos referimos ao conjunto de ferramentas ou instrumentos financeiros de um usuário ou instituição específica. Uma carteira é a soma de cada ação, título, moeda e derivativos que uma pessoa ou empresa possui em sua posse.

No caso do investidor em criptomoedas, a carteira é composta por cada criptomoeda ou token que ele possui.

Como funciona o risco

Em termos gerais, quanto maior a possibilidade de lucro, maior o risco associado a esse investimento.

Vamos pensar por alguns segundos em dois ativos digitais diferentes, como Bitcoin e DAI. O bitcoin é um ativo muito arriscado, dada a volatilidade de seu preço, mas permite grandes lucros. DAI, por outro lado, é um ativo de baixíssimo risco, mas cujo retorno é quase zero.

Existem vários riscos a serem considerados ao construir uma carteira de investimentos. A primeira é inerente ao próprio mercado: como as criptomoedas determinam seu valor pela oferta e demanda, sem nenhuma intervenção, as altas e baixas são marcadas pelas tendências de compra e venda.

Por exemplo, se todos os detentores de uma criptomoeda quisessem vender todas as suas unidades a qualquer custo, o preço despencaria.

Em geral, ao investir na busca por melhores retornos, você deve estar disposto a assumir riscos elevados.

Isso nos leva ao seguinte risco, associado a ter investimentos em apenas um tipo de ativo. Se apostamos somente em um ativo e ele se desvalorizar, perderemos nosso dinheiro. Por outro lado, se diversificarmos nosso portfólio, estaremos nos protegendo melhor contra riscos.

Existe outro tipo de risco associado à liquidez, e tem a ver com o volume de mercado de cada ativo. Se um investidor compra um ativo, mas seu mercado é tão pequeno que ninguém quer comprá-lo, ele terá que vendê-lo por um preço menor para obter algum dinheiro de volta.

Por último, existe o risco associado à capacidade de cada investidor “manter uma posição”, ou seja, de continuar a deter um investimento ao longo do tempo. Às vezes, imprevistos nos obrigam a desmontar nosso portfólio para ter dinheiro. E se esse imprevisto acontecer durante um mercado em baixa, teremos perdido dinheiro.

Como minimizar o risco

O fundamental, quando se trata de compreender o risco, é assumir que ele é uma variável intrínseca a qualquer investimento. Portanto, nunca devemos correr mais riscos do que estamos dispostos a suportar.

Uma boa opção para gerenciar o risco é diversificar o portfólio em diferentes tipos de criptomoedas. Podemos ter ativos de risco, como bitcoins, de um lado, e stablecoins de baixo risco, como USD Coin ou DAI, de outro.

Levar em consideração a possibilidade de imprevistos também é uma forma de mitigar riscos. Em vez de investir todas as nossas economias, podemos reservar uma parte para eventos inesperados e usar apenas o dinheiro de que não precisaremos para investimentos.

Outra variável importante pode ser o prazo: podemos estar dispostos a construir uma carteira por um período de um mês, dois meses, seis meses ou um ano. Ter clareza antecipada sobre o horizonte de nossos investimentos também é uma forma de reduzir riscos.

Identificar possíveis golpes

Sabe-se que o ecossistema cripto, por ser desregulado, é terreno fértil para quem quer se aproveitar da falta de experiência alheia. Os golpes variam em escopo e em aparente seriedade. Eles até mesmo podem ser camuflados como projetos confiáveis apoiados por pessoas “relevantes” e membros do próprio ecossistema.

A primeira coisa a fazer é ler o whitepaper de cada projeto e ver se ele se sustenta ali. Se possui conceitos e fundamentos claros, é claro informações sobre como vai ser minerado, como vai ser inicialmente distribuído, quais são os mecanismos de criação de tokens, qual é a quantidade total de circulação.

Além disso, à medida do possível, é aconselhável investigar o código do projeto: se está ou será publicado, se será auditado, se possui uma comunidade de programadores. O mesmo deve ser feito com o roadmap do projeto: se cada marco é confiável, se tem chance de ser realizado.

Finalmente, a opinião de sites especializados, como alguns portais de notícias de criptomoedas, pode ser usada. Embora essas informações sejam boas e dê suporte, elas nunca substituem a necessidade de fazer sua própria pesquisa.