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Atualizações na rede de criptomoedas para ficar de olho em 2021

Atualizações na rede de criptomoedas para ficar de olho em 2021

Conheça as principais atualizações das criptomoedas previstas para os próximos meses.

Santiago Juarros
Content Analyst
25/3/21

Para quem segue de perto as atualizações nas redes das principais criptomoedas, o ano começou especialmente movimentado. Afinal, há expectativa de sobra para as atualizações que irão ocorrer em 2021, já que elas devem melhorar as redes do Bitcoin, da Ethereum e de outras criptomoedas importantes.

Neste artigo repassamos as últimas informações sobre as atualizações previstas para este ano e explicamos o que elas devem oferecer às suas redes em questão de escalabilidade e usabilidade.

Bitcoin | Schnorr/Taproot

O Bitcoin abriu este ano com o lançamento do Bitcoin Core 0.21.0, sua 21ª atualização desde que foi criado. Entre os seus principais impactos, estão melhorias na organização das carteiras e na privacidade dos usuários.

Isso se dá graças às mudanças técnicas em elementos, como a categorização de UTXOs, a aplicação de Filtro Bloom e a diminuição na frequência de retransmissão de transações.

Olhando mais para a frente, a versão 0.21.0 representa mais um passo em direção àquela que deve ser a primeira grande atualização no protocolo do Bitcoin desde 2017: a implementação do código Schnoor/Taproot.

Essa proposta de atualização foi oficializada e aprovada pelos mineradores no ano passado, e sua primeira fase de implementação deve ocorrer nos próximos meses.

Mas, afinal, o que traz de novo a atualização Schnoor/Taproot?

Como o nome indica, ela é uma combinação de duas propostas de atualização distintas. Em desenvolvimento há mais de dois anos, o Schnoor é um algoritmo de assinatura que substitui o ECDSA, algoritmo atual do Bitcoin, facilitando transferências com múltiplas assinaturas. O Taproot, por outro lado, oculta as condições para uma transferência.

Quando combinados, esses códigos permitem que se realize transferência com múltiplas assinaturas, estando uma parte delas ocultas. Ou seja, essa atualização trará ganhos em privacidade e em funcionalidade para os usuários de Bitcoin.

Ethereum 2.0 | Beacon Chain e shardings

Segunda criptomoeda mais capitalizada do mundo, atrás apenas do Bitcoin, a Ethereum também passa por uma transição importante. Estamos, atualmente, na chamada fase 0 dessa transição.

Em dezembro de 2020 foi criado o Beacon Chain, uma blockchain proof of stake (PoS) cujo papel é servir como coração do Ethereum 2.0. Com isso, o Beacon Chain passa a gerenciar o protocolo para si e para as cadeias de shard que estarão ligadas a ela.

A fase 1, que tem início previsto para este ano, será caracterizada pelo processo de sharding. As "shard chains" funcionam como links cruzados registrados no Beacon Chain para melhor distribuição da carga da rede. Com isso, espera-se uma melhor escalabilidade do Ethereum e menor exigência de hardware para executar um node.

Por fim, a fase 2, com previsão de implementação entre o final de 2021 e o início de 2022, pressupõe o "docking" das redes. No caso, estamos falando da fusão do blockchain original da Ethereum, que continua funcionando como uma shard chain do Beacon Chain, o que resultará na Ethereum 2.0. Com isso, será formada uma cadeia estruturada, que deixará de ser proof of work e passará à condição de proof of stake.

Outras atualizações importantes

Além do destaque dado para o Bitcoin e para a Ethereum, há outras criptomoedas com atualizações esperadas em suas redes ainda em 2021.

Litecoin | MimbleWimble

A atualização MimbleWimble do Litecoin já está em fase de testes desde o ano passado. Agora, a expectativa é que a primeira versão do código seja submetida para auditorias e revisões ainda no primeiro trimestre deste ano. Com isso, a sua ativação poderia ocorrer antes do final do ano.

A MimbleWimble tem como foco as preocupações com a privacidade e a fungibilidade do Litecoin. Entre as melhorias previstas para a segurança da rede, estão a criptografia com blinding factor e a aplicação do mecanismo CoinJoin, que permite a combinação de pagamentos em uma só transação.

Cardano | Mary

Está previsto para fevereiro um hard fork na rede da Cardano, que recebeu o nome de Mary. Não haverá bifurcação da rede, apenas a sua atualização, cujo objetivo é permitir contratos inteligentes na blockchain da moeda.

A nova atualização ocorre após um hard fork realizado em dezembro do ano passado, o Allegra, que permitiu o trancamento de tokens. Com a nova atualização, será liberada a criação de tokens nativos para a rede, o que deverá facilitar as transações. Outra funcionalidade será a possibilidade de converter tokens da rede Ethereum para a Cardano.

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