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Aplicativos descentralizados (DApps)

Aplicativos descentralizados (DApps)

O que são DApps. Descentralização e interoperabilidade de contratos inteligentes. Vantagens em relação aos aplicativos tradicionais.

Santiago Juarros
Content Analyst

Como o nome sugere, os DApps são aplicativos construídos em uma rede descentralizada peer to peer (P2P), como Ethereum, que combinam contratos inteligentes com uma interface.

Um DApp pode ter um código de interface, assim como interfaces de usuário, escritos em qualquer idioma (como um aplicativo comum de programação), enquanto seu código não visível para o usuário (seu backend) funciona em uma plataforma descentralizada.

Como os contratos inteligentes na Ethereum são acessíveis e transparentes, como as APIs abertas, os DApps podem incluir conexões com outros contratos inteligentes, ou seja, são interoperáveis.

A diferença fundamental entre um DApp e um aplicativo tradicional é que os apps comuns funcionam em um servidor central e, geralmente, dependem de uma empresa específica (como o Facebook ou Google). Já os DApps não possuem um servidor central e operam de maneira descentralizada.

Essa diferença na arquitetura é fundamental para entender as possibilidades oferecidas pelos DApps, que podem funcionar de forma comunitária.

Existe uma grande variedade de DApps com diferentes possibilidades de uso, desde videogames (Gods Unchained) e plataformas de mídias sociais (Mastodon), até carteiras de criptomoedas ou aplicativos DeFi.

A rede Ethereum acabou sendo o computador distribuído que permitiu a criação de aplicativos descentralizados.

Vantagens de DApps

  • Inatividade Zero: uma vez implementado o contrato inteligente no núcleo de uma aplicação e na blockchain, a rede como um todo sempre poderá atender os usuários que desejam interagir com o contrato. Portanto, impossibilita o lançamento de ataques de negação de serviço (DoS) direcionados a DApps individuais.
  • Privacidade: não é necessário fornecer uma identidade real para implementar ou interagir com um DApp.
  • Resistência à censura: nenhuma entidade na rede pode impedir os usuários de enviar transações ou implementar DApps.
  • Integridade dos dados: graças à criptografia, os dados armazenados na blockchain são imutáveis ​​e indiscutíveis. Não é possível falsificar transações ou outros dados que já se tornaram públicos.
  • Computação sem servidores centrais: é possível analisar os contratos inteligentes e garantir que serão executados de maneira previsível, sem precisar depender de uma autoridade central.
  • Modularidade (Composability): uma das funções mais simpáticas e funcionais dos DApps é que, por rodar na mesma blockchain e usar linguagens de programação compatíveis, são muito fáceis de usar como ferramentas de criação de novos aplicativos a partir dos existentes. Desta forma, o “atrito” entre DApps é reduzido ao mínimo, possibilitando o fortalecimento de todo um ecossistema compatível entre si.