O que é uma blockchain?
Cadeia de blocos: uma nova forma de organizar informações. Blocos mãe, filho e gênese. A importância da mineração. Bitcoin, a origem do universo cripto.
Guias
Quando falamos de blockchains ou cadeias de blocos, nos referimos a uma forma particular de organizar informações, geralmente em um formato de banco de dados, com a característica distintiva de que os dados contidos em uma blockchain são organizados em blocos sucessivos, estando cada bloco conectado ao anterior.
Cada bloco pode conter certa quantidade de informação e está identificado por um código alfanumérico, gerado por uma função de hash. As funções de hash são um tipo de algoritmo criptográfico que cria um identificador alfanumérico específico para essa peça de informação. Bitcoin, por exemplo, usa o algoritmo SHA256, enquanto Ethereum usa o Ethash.
Caso a informação de um bloco seja alterada, mesmo que minimamente, o identificador também será modificado. Desta forma, o número de hash permite saber se determinado conjunto de informações sofreu (ou não) alguma mudança ou manipulação.
Em uma blockchain, cada “bloco filho” contém o hash do bloco anterior, que podemos chamar de “bloco mãe”. Por sua vez, esse bloco mãe também é filho de outro bloco e, assim, se gera uma cadeia que remete ao primeiro bloco, conhecido como “bloco gênese”, que é o único que não contém o hash dos blocos anteriores.
Cada bloco adicionado à cadeia foi processado, aceito e incorporado por toda a rede, através de um processo conhecido como mineração. Portanto, qualquer alteração em um bloco mãe gera um efeito cascata ou dominó, o qual se transmite a todos os blocos subsequentes e faz com que qualquer pessoa que deseje alterar um bloco pré-existente seja obrigada a validar (minerar) novamente toda a cadeia.
Consequentemente, quanto mais extensa for uma cadeia de blocos, maior poder de computação será necessário para minerá-la novamente. Logo, se torna muito mais difícil alterá-la. Por isso, quanto mais longa for uma blockchain, mais difícil será reescrevê-la.
A primeira blockchain foi a do Bitcoin e, portanto, apareceu ao mesmo tempo que a criptomoeda e possui o mesmo criador: Satoshi Nakamoto. Se você quer saber mais sobre o desenvolvimento do Bitcoin e o funcionamento de sua cadeia de blocos, confira este capítulo do nosso Guia Bitcoin.
Desde o aparecimento público do Bitcoin em 2009, as ideias e os usos relativos às blockchains se popularizaram enormemente e começaram a ser replicados, possibilitando a criação de novas criptomoedas e a aplicação das cadeias de blocos em outras tarefas que revisaremos neste guia.
Apesar de ter sido a primeira, a blockchain do Bitcoin não é a única. Cada criptomoeda criada posteriormente teve sua própria cadeia de blocos até o surgimento de Ethereum, que criou um tipo de plataforma que permite desenvolver diferentes criptomoedas usando a mesma blockchain. Se você quiser saber mais sobre a tecnologia por trás de Ethereum, recomendamos consultar esta seção do nosso Guia Ethereum.