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Descentralização vs. centralização

Descentralização vs. centralização

No novo paradigma, as redes estão distribuídas através de softwares de código aberto, ao invés de serem controladas por empresas, governos e instituições.

Santiago Juarros
Content Analyst

A descentralização do valor é um conceito que se refere à multiplicidade de projetos que criam, movimentam, transferem ou fixam valor por meio de tecnologia aberta, colaborativa e sem intermediários. O primeiro exemplo é o Bitcoin, mas basta ver os desenvolvimentos impulsionados por outras criptomoedas na última década para entender do quê estamos falando.

O poder das criptomoedas reside no fato de que nenhuma empresa, governo ou instituição regula seu crescimento e desenvolvimento, sendo estes produtos do consenso das comunidades que participam de cada projeto. O valor da descentralização é incalculável, pois permite uma forma de relação social horizontal, baseada no conhecimento e no entusiasmo pela construção de projetos disruptivos.

A evolução do ecossistema cripto é um dos exemplos mais evidentes. No início, existia apenas o Bitcoin, mas, sendo um software de código aberto de modelo distribuído, permitiu a criação de uma série de novas criptomoedas.

Um destes projetos foi Ethereum, que, por sua vez, deu origem à possibilidade de ter contratos inteligentes funcionando em uma blockchain, o que recentemente permitiu o “nascimento” do movimento de DeFi ou finanças descentralizadas, no qual cada projeto é interoperável com os demais, em uma camada serviços financeiros totalmente descentralizados, livres de autoridades centrais e que não requerem autorizações ou licenças para serem executados.

A nova economia permite que as pessoas recuperem o controle sobre suas transações, economias e seus investimentos.

Uma mudança de paradigma

Basta revisar a capitalização total de Bitcoin e Ethereum, ou a quantidade de dinheiro que circula em DeFi, para entender o real valor e potencial da descentralização.

Isto supõe uma mudança radical de paradigma em relação ao modelo centralizado, pois mostra que é possível chegar a consensos e acordos financeiros até mesmo entre pessoas desconhecidas, que nunca tiveram nenhum tipo de contato entre si.

Além disso, é uma amostra do poder disruptivo que as criptomoedas adquirem ao se tornarem uma ferramenta financeira capaz de chegar às pessoas deixadas de lado pelo sistema financeiro tradicional.

Neste sentido, estamos diante de uma das ferramentas de redistribuição da riqueza mais incríveis da história.