Embora Bitcoin chame a atenção por sua tendência ascendente, o aspecto mais disruptivo do universo cripto é a tecnologia blockchain, dotada de múltiplos usos.
As possibilidades de uso da tecnologia blockchain são muito amplas. Mesmo quando Bitcoin experimentou alguns anos com uma clara tendência decrescente no mercado, o foco da narrativa sobre o poder disruptivo das criptomoedas migrou para a blockchain.
Naquele momento, empresas e governos também começaram a olhar com bons olhos a possibilidade de incorporar esta tecnologia em seus processos administrativos e produtivos.
Para ter uma ideia mais clara sobre os usos atuais da cadeia de blocos, basta revisar os sistemas que, hoje, funcionam com esta tecnologia.
As criptomoedas “clássicas” - falando de forma muito abrangente - são exemplos da utilização da blockchain para a transferência e trocade valor.
Então, nasceu Ethereum, a primeira cadeia de blocos a incorporar um computador distribuído que funciona sobre uma blockchain.
A partir daí, deu-se origem a um amplo e diverso leque de múltiplos usos, através da criação de contratos inteligentes, desde videogames que permitem incorporar itens digitais colecionáveis, até sistemas de governança como o MakerDAO.
Também existem projetos como o Democracy.earth, cujo fundador é argentino, que investiga a possibilidade de usar esta tecnologia em processos eleitorais.
Muitas empresas, como os supermercados Walmart, incorporaram blockchain em sua cadeia de abastecimento e alimentos frescos para melhorar a rastreabilidade e a interoperabilidade com os sistemas de seus fornecedores.
Até o Governo brasileiro está abrindo as portas para as aplicações blockchain no setor público. Alguns exemplos que veremos funcionando em um futuro não tão distante são: a plataforma PIER, que conectará o Banco Central à CVM e Susep, e a Support, desenvolvida pela Serpro para a Receita Federal.
E essas são apenas algumas das possibilidades permitidas pela aplicação da tecnologia das cadeias de blocos.