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Defi: O que é? Como funciona?

Defi: O que é? Como funciona?

Defi é um protocolo que visa a descentralização do sistema financeiro. Entenda mais!

Luana Miyuki
Content Analyst
5/12/22

O que é DeFi? E como funciona a renda passiva?

As finanças descentralizadas (DeFi) são a nova geração do universo cripto, que, até pouco tempo, limitava-se à criação de moedas digitais e agora passa a ser base para diferentes tecnologias. Uma delas são as redes autônomas de empréstimos, produtos que, até então, eram exclusivos de bancos e corretoras centralizadas. 

Com mais de 3 milhões de usuários ativos, as plataformas de finanças descentralizadas já totalizam mais de US$ 212 bilhões aplicados. Os usuários dessas ferramentas não só podem negociar de forma direta, como têm gerado renda passiva que salta aos olhos de empresas consolidadas no setor financeiro.

Mas, afinal, como funciona a tecnologia DeFi e a sua capacidade de gerar renda para os usuários? Entenda isso e saiba como ganhar dinheiro no mercado cripto.

O que é DeFi?

DeFi é a sigla para decentralized finance (finanças descentralizadas, em português). Como o próprio nome sugere, trata-se de operações financeiras que ocorrem sem a intermediação de bancos ou corretoras, como é tradicionalmente conhecido no mercado. Os produtos relacionados às DeFi são inúmeros, indo desde empréstimos até a negociação de criptoativos.

Ao contrário do Bitcoin, que é uma criptomoeda específica, a DeFi representa todo um ecossistema financeiro que existe por meio da blockchain – um banco de dados digital e descentralizado que opera por meio de blocos criptografados. Ou seja, DeFi não é um produto em si, mas uma tecnologia que abrange diversos mecanismos.

Os protocolos DeFi ganharam força em 2015 junto com o lançamento da Ethereum – rede que tem um criptoativo de mesmo nome (Ether) e que também oferece diversos outros serviços. 

A Ethereum serviu como base para diversas outras redes DeFi que hoje operam sob a mesma tecnologia, mas de forma mais ágil e escalável – ao menos, é isso o que elas prometem. Uma dessas redes DeFi é a Uniswap, principal exchange descentralizada (DEX) do mercado.

Como funcionam as DeFi

Todas as negociações que envolvem as finanças descentralizadas ocorrem por meio de peer-to-peer (P2P), ou seja, são feitas diretamente entre os usuários. As validações são feitas com smart contracts (contratos inteligentes) automatizados, garantindo menores taxas e maior segurança e transparência para a operação.

Para gerar renda passiva, os usuários emprestam criptomoedas entre si por meio de um sistema integrado às plataformas. Assim, podem se beneficiar dos juros sobre a margem gerada – como já ocorre com os bancos tradicionais. Essa movimentação é feita pelo processo chamado staking.

O que é renda passiva

No mundo dos investimentos, a renda passiva consiste no aumento da receita sem a necessidade de novos aportes ou mesmo um “esforço” para isso – os dividendos das ações são bons exemplos disso. Portanto, trata-se do aumento de um capital investido por meio de juros e outros fatores.

Gerar renda passiva é um processo que leva tempo e exige um esforço inicial — nesse, caso um aporte que faça a máquina girar. No mercado cripto, esse mecanismo ocorre sem o intermédio de grandes bancos ou instituições: o usuário recorre a mecanismos específicos de empréstimo ou mineração para fazer os seus ativos gerarem renda.

Onde as aplicações DeFi rodam?

A principal “casa” das aplicações DeFi é a rede Ethereum, o projeto idealizado por Vitalik Buterin em 2013 que foi lançado efetivamente em julho de 2015. A rede foi a primeira a oferecer aos usuários uma plataforma open source (código aberto) que incentiva a criação de aplicativos descentralizados (dApps) e outras ferramentas.

Entre as principais redes DeFi do mercado, destacam-se nomes como:

Veja também:  PLATAFORMAS COM TAXAS BARATAS NO DEFI 

Como gerar renda passiva com criptomoedas?

Agora que você já conhece o básico sobre as finanças descentralizadas, que tal começar a gerar renda por meio desses ecossistemas? Antes disso, é importante compreender a melhor maneira de se beneficiar desse recurso. Há quatro formas principais de gerar renda passiva por meio dos protocolos DeFi, conheça-as:

Mineração

A emissão de grande parte das criptomoedas do mercado é feita pelo processo de mineração, prática que emprega poder computacional para decodificar problemas matemáticos em troca de recompensas. Essa é a técnica mais tradicional de gerar renda passiva no mercado cripto, sendo amplamente utilizada por empresas e usuários.

Staking

O staking é o principal mecanismo de geração de renda passiva nos protocolos de finanças descentralizadas. O termo deriva do mecanismo de consenso “Proof-of-stake” (PoS), que valida as negociações e oferece maior segurança e transparência para os usuários. O staking funciona como uma abertura de poupança nas redes blockchain, permitindo que os recursos sejam bloqueados e gerem renda.

Lending (empréstimo)

Os empréstimos descentralizados são outra maneira de gerar renda passiva por meio das criptomoedas, já que, uma vez que você as empresta, são gerados juros sobre essa movimentação. 

Da mesma forma que acontece com os bancos — que exigem garantias ao cliente —, o lending usa um ativo com valor igual ao ativo que o usuário quer pegar emprestado. Uma das principais plataformas de empréstimo DeFi é a MakerDAO

Veja também: DEFI NO INVERNO CRIPTO 

Conclusão 

O empréstimo de criptomoedas por meio dos protocolos DeFi permitem aos usuários uma nova forma de realizar transações financeiras sem o intermédio dos grandes bancos. Além dos rendimentos já esperados, uma grande vantagem é o fato de gerar menos taxas e também possibilitar mais liberdade para as negociações peer-to-peer.

Esses ecossistemas descentralizados permitem uma série de novas possibilidades e, por isso, têm chamado a atenção de investidores e especialistas. Até os governos têm voltado os olhos para as inúmeras oportunidades que podem ocorrer por meio das finanças descentralizadas.

Vale lembrar, entretanto, que a interação com os protocolos DeFi ainda não é acessível ao público geral, já que eles exigem conhecimento avançado sobre as redes de código aberto e a Web3. As promessas, entretanto, são bastante otimistas – não à toa, os ativos desses protocolos têm se mostrado cada vez mais valorosos no mercado cripto