A Web3 não trouxe apenas novos aplicativos na forma de dApps, mas também na sua própria forma de interagir com eles. Uma das mudanças mais fáceis de se notar é no sistema de conta e login.

• Na primeira Web é necessário um e-mail, uma senha e preencher formulários com muitas informações pessoais;
• Na Web 2.0 é preciso ter uma conta em uma plataforma convencional, como Google ou Facebook (Meta), que de alguma forma comprova a identidade de uma pessoa e permite que ela faça login em sites de todo o tipo;
• Na Web3, basta conectar uma carteira para usar um dApp.

As wallets descentralizadas para o gerenciamento de criptomoedas — como o Ripio Portal, por exemplo — são fundamentais para a Web3, pois gerenciam os endereços cripto, que funcionam como uma espécie de chave mestra ou credencial que permite o acesso aos serviços.

Esses endereços cripto permitem que os dApps reconheçam o ‘’histórico’’ de um usuário sem reivindicar informações, como a sua coleção de tokens ou NFTs, os seus fundos carregados na plataforma e os tokens disponíveis para realizar ações, incluindo as suas configurações.

Essas carteiras podem ser usadas de forma independente, como qualquer aplicativo tradicional, ou integradas a navegadores para uma experiência Web3 mais fluida. Existem até navegadores especialmente projetados para explorar a Web3, como o Brave.

UBI e o Proof of Humanity

‍O Proof of Humanity (PoH) é um protocolo de consenso que permite validar a existência real das pessoas e identificá-las digitalmente em um contexto blockchain. Estabelecer métodos sólidos e seguros para validar a identidade é essencial na Web3, especialmente nos sistemas de votação e governança.

Ao contrário dos documentos estatais, que geralmente são falsificáveis, ou dos sistemas privados das plataformas Web 2.0, o modelo Proof of Humanity oferece um sistema de identificação digital descentralizado, transparente e resistente a ataques. 

A cada pessoa que “valida sua humanidade” com o PoH, o projeto entrega uma quantidade do token Universal Basic Income (UBI) que, como o próprio nome indica, visa constituir uma "renda básica universal".