A criptomoeda, em todos os aspectos, vem tendo um crescimento cada vez mais notório ao redor do mundo. Valorização em preço, número de criptomoedas surgindo, tudo isso mostra a popularidade do dinheiro digital, se tornando algo cada vez mais utilizado no cenário internacional.
Embora, em uma ala de investidores tradicionais exista descrédito e especulação sobre o verdadeiro valor e usabilidade das moedas digitais, há um movimento global irreversível, no qual países de todo o mundo começam a reconhecer que a criptomoeda é um dinheiro legítimo e, apropriar-se de seu uso, é estar à frente na nova forma de atuar dos sistemas financeiros globais.
Desde 2019, conforme constata um relatório feito pelo Statista, o número de carteiras Blockchain subiu para 35 milhões já naquele ano. Este estudo se referia apenas a carteiras de Bitcoin, e, uma vez que as milhares de outras criptomoedas nem mesmo foram levadas em consideração, o número é seguramente muito maior.
Em 2020, um novo relatório, agora publicado pela Chainalysis, aponta o índice de adoção global de criptomoedas. Foram analisados 154 países, com base na adoção de moedas digitais.
Conforme se nota nos relatórios, não é o tamanho do país que importa. O número de transações realizadas em moedas virtuais varia muito de um país para outro, e certas nações, com aparente pouco poder econômico, registram grande parte das operações de criptomoedas.
Problemas na análise de transações com criptomoedas
Devido à própria natureza descentralizada da criptomoeda, é impossível saber a quantidade exata de transações na rede por endereços em um país específico. No entanto, a Chainalysis observa que pode-se produzir uma estimativa forte, medindo a atividade de criptomoedas ocorrendo em cada plataforma e, a partir daí, distribuí-la por país, usando a base na divisão dos países responsáveis pelo tráfego da web para o endereço virtual de cada plataforma.
Como foi feita a estimativa sobre o valor de transações de criptomoeda, a nível de país
Para calcular o volume que cada país tem de atividade total de moedas digitais, foi levado em conta quatro critérios, calculados estimando a criptomoeda total recebida por esse país e ponderando o valor da cadeia com base na renda per capita, que é uma medida da riqueza do país por residente. Assim sendo, cada um dos critérios pode ser melhor definido da seguinte maneira:
Valor recebido da criptomoeda na cadeia, ponderado pela paridade do poder de compra (PPP) per capita.
O objetivo desse critério é classificar cada país pela atividade total de criptomoeda, mas apesar as classificações para favorecer os países onde essa quantia é mais significativa com base na riqueza da pessoa média e no valor do dinheiro dentro do país, o que significa que se dois países tivessem, durante a pesquisa, o mesmo valor de criptomoeda recebido, o país com o PPP per capita mais baixo estaria na frente.
Valor de varejo transferido na rede, ponderado por PPP per capita
Já esse segundo critério visa medir a atividade de criptomoedas (abaixo de US$10,000) por usuários individuais não profissionais, com base na quantidade de moedas digitais que eles estão negociando em comparação com a riqueza da pessoa média.
Número de depósitos de criptomoedas na rede, ponderado pelo número de usuários da Internet.
Nesse terceiro critério, o objetivo é classificar os países com base no maior número de transações de criptomoedas feitas por seus residentes. Assim sendo, foi medida a proporção de depósitos de criptomoedas na rede, em relação ao número total de usuários de internet daquele país.
Volume de comércio de troca ponto a ponto (P2P), ponderado por PPP per capita e número de usuários da Internet
Visto não ser possível, em corretoras, realizar o cálculo das transações ocorridas de pessoa a pessoa, essa variável foi medida com base no volume das plataformas descentralizadas.
Baseando-se nos critérios descritos acima, o ranking dos países que mais utilizam as criptomoedas ficou definido assim:
- Ucrânia
- Rússia
- Venezuela
- China
- Quênia
- EUA
- África do Sul
- Nigéria
- Colômbia
- Vietnã
Resultado aponta para economias em desenvolvimento
A principal conclusão identificada pela Chainalysis é que os países em desenvolvimento estão liderando o ranking, quando se trata de atividade com criptomoedas. Poderia se esperar que a menor presença de tecnologia e até mesmo o acesso à internet faria de alguns países da lista uma surpresa.
Porém, tanto a fim de maior horizontalidade nas hierarquias, quanto pelo fato dos ativos digitais serem frequentemente usados para suavizar a instabilidade econômica, os resultados, apontando em sua maior parte para as economias ainda em desenvolvimento, não parecem ser tão surpreendentes para os experts.
E aí, agora que você já sabe quais são os países que mais utilizam as criptos, nos permita te perguntar: você já comprou alguma criptomoeda?
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