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Exchange de criptomoeda: o que é e como funciona?

Exchange de criptomoeda: o que é e como funciona?

Exchanges são plataformas onde é possível comprar, vender e trocar criptomoedas. Quer entender mais? Veja como ela funciona, sua importância e mais!

Mitie Okabayashi
Global Content Strategist
26/9/22

Se você está procurando mais informações sobre criptoativos, com certeza já deve ter se deparado com a expressão "exchange", não é mesmo? Mas, afinal, você sabe o que ela significa e quais vantagens pode ter para você?

Assim como a Bolsa de Valores, que negocia ações, o mundo das criptomoedas também tem as suas empresas responsáveis pela negociação indireta de moedas digitais. E, nesse caso, as responsáveis são as exchanges. 

Essas plataformas de criptomoedas medem a negociação de Bitcoin (BTC) e várias outras altcoins para facilitar a compra e venda de ativos fora das redes descentralizadas. Quer entender melhor como uma exchange funciona e conferir dicas para escolher a ideal? Continue a leitura!

Criptoativos: o que são?

Antes de definirmos o que é uma exchange, é importante relembrar o que são os criptoativos. Em termos práticos, eles representam tanto criptomoedas como outros ativos digitais do universo cripto – como os NFTs e os tokens. 

Esses ativos são protegidos por criptografia e as suas transações são feitas em redes blockchain descentralizadas. Essas redes, por sua vez, armazenam operações em blocos de informação que não podem ser alterados individualmente. A Ethereum, por exemplo, é a plataforma mais conhecida desse meio.

Por conta de uma robusta segurança nas redes blockchain, podemos dizer que é praticamente impossível fraudar transações feitas com os criptoativos. Essa tecnologia, porém, existe apenas em redes de código aberto. As exchanges, por exemplo, funcionam de forma paralela.

O que é uma exchange?

Exchange é o nome dado para uma plataforma de criptoativos. Contudo, diferentemente das casas de câmbio tradicionais, ela só existe no ambiente digital. Sendo assim, é uma plataforma eletrônica que facilita a compra, venda e troca de criptomoedas e tokens. 

As exchanges não operam de forma descentralizada, uma vez que são opções com layout e uso mais prático para aqueles que não estão adaptados às redes de código aberto. Assim, elas servem como via facilitadora para a negociação de ativos – da mesma forma que funcionam as corretoras da bolsa.

Essas empresas trabalham conectando compradores e vendedores, garantindo transações práticas e seguras. Existem diversas exchanges disponíveis no mercado e cada uma delas tem regras e funcionamento próprios. Algumas negociam só BTC, enquanto outras disponibilizam centenas de outras altcoins.

Para negociar nessas plataformas, o usuário precisa criar um cadastro e, em alguns casos, enviar documentos pessoais para validar as suas informações. 

O que significa "exchange"?

Pensando na palavra em si, "Exchange" é um termo inglês que significa intercâmbio, troca, permuta e/ou câmbio. No contexto do mercado cripto, ele representa uma empresa responsável pelo intercâmbio de criptoativos, porém, em outros textos, pode assumir diferentes definições.

Existem ainda as exchanges descentralizadas (DEX), que operam em redes blockchain de código aberto e sem o controle de intermediários. 

E qual é a importância das exchanges?

Uma das principais particularidades dessas plataformas é o fato de elas otimizarem a negociação de criptomoedas. Com layout intuitivo e prático, oferecem a compra, venda e troca de criptos de forma facilitada, permitindo maior acesso a esse tipo de ativo.

A venda direta entre usuários é chamada de P2P (peer-to-peer), e, quando ela ocorre, é impossível saber a origem dos recursos que transitaram na conta do comprador – principalmente no caso de moedas fiduciárias. Isso pode ser considerado como uma transação suspeita para alguns órgãos governamentais (como a Receita Federal) e gerar um pouco de dor de cabeça.

Por esse motivo, as exchanges surgiram para reduzir a exposição aos riscos envolvendo a transação direta entre usuários. Essas empresas trabalham de maneira semelhante às corretoras, oferecendo uma estrutura idônea e um ambiente seguro, além de respeitar a legislação vigente para a compra e venda de criptoativos.

Como uma exchange funciona?

Essas plataformas funcionam sob uma estrutura adequada para a operação com criptoativos de forma íntegra e confiável. Portanto, assim como qualquer outro serviço prestado, as exchanges cobram algumas taxas dos usuários. 

Para garantir a legalidade da transação, os usuários também precisam arcar com certos custos jurídicos – como os impostos. Porém, pela segurança extra e pela praticidade oferecida, todos esses pequenos gastos acabam sendo apenas um detalhe.

Para atuar, as exchanges não precisam seguir nenhuma regulamentação específica, porém a Receita Federal exige uma declaração mensal dos investimentos de cada cliente.

As taxas das plataformas que atendem no Brasil variam de 0% a 1,89% + R$ 9,99, conforme a transação feita em reais, sendo o depósito geralmente gratuito. No caso da exchange Ripio, nossa taxa de saque gira em torno de R$ 4,90. Já quando falamos de saques em BTC, as taxas variam bastante, especialmente conforme a velocidade da transação.

De forma geral, uma exchange opera como um centralizador das negociações de diferentes criptomoedas ou tokens. A forma de trabalhar pode variar dependendo da empresa, havendo algumas possibilidades, como venda direta, trade, empréstimo e armazenamento.

Venda direta de criptomoedas

Esse modelo mais simples de funcionamento é quando a exchange acumula diferentes criptomoedas compradas a baixo custo e realiza a venda desses ativos de acordo com a cotação atual do mercado somadas as taxas de serviço.

Geralmente, as formas de pagamento aceitas pelas plataformas são moedas fiduciárias (dólar, euro, real), pagamento via bancos e plataformas online (como PayPal) ou pagamento por cartão de crédito.

Trade de criptomoedas

No caso das modalidades de trade de cripto, a exchange pode funcionar como uma plataforma de e-commerce, com vários vendedores afiliados. 

Ou seja, a plataforma não faz a venda direta das criptomoedas, mas trabalha como uma intermediária, ajudando os compradores a encontrar vendedores confiáveis e a realizar as transações entre si. Por isso, é necessário realizar o pagamento de uma taxa à exchange a cada nova operação.

Empréstimo de criptomoedas

O empréstimo de criptomoedas é um modelo novo e vem sendo adotado por algumas plataformas. O serviço é similar ao oferecido pelos bancos e consiste no empréstimo das criptomoedas sob o pagamento de juros. 

Neste caso, o ganho da exchange se dá a partir das taxas que elas recebem.

Armazenamento de criptomoedas

Por fim, o armazenamento de criptos é o serviço mais comumente prestado por essas plataformas. No geral, todas elas oferecem a possibilidade de os usuários criarem carteiras virtuais para guardarem as suas criptomoedas.

Porém, vale lembrar que nem sempre essas carteiras são as opções mais seguras de armazenamento. Isso porque se a exchange vier a falir, ela levará as suas criptomoedas consigo – o que torna fundamental conhecer a reputação e os aparatos de segurança da plataforma escolhida.

Ainda, caso a exchange escolhida não tenha uma boa proteção contra invasores, os seus criptoativos estarão mais vulneráveis.

Muitas dessas instituições com níveis de proteção mais básicos, inclusive, indicam que os usuários mantenham as criptomoedas nas carteiras apenas por um curto período, transferindo o valor para uma carteira mais segura e deixando na carteira da exchange apenas valores pequenos para transações.

Como negociar em uma exchange?

O primeiro passo é criar um cadastro na plataforma, enviar documentos e confirmar a sua identidade. A partir disso, você poderá escolher entre comprar ou vender criptoativos.

A maioria das exchanges nacionais funciona como trader de criptomoedas, ou seja, fazendo a ligação entre compradores e vendedores. Porém, como dito anteriormente, existem também aquelas que negociam os seus próprios criptoativos. 

Se você preferir essa segunda forma de negociação, o processo será mais simples, bastando chegar em um acordo em relação aos valores e realizar a transação.

Caso a opção de negociar com outros vendedores seja a que mais interessa a você, existem duas possibilidades: negociar a mercado (ou seja, compra e venda direta) ou com ordens limitadas.

Negociação a mercado

A compra e venda direta de um vendedor associado a uma exchange é muito fácil. Depois de depositar dinheiro na sua conta da exchange, ela liberará o valor no saldo da sua conta na plataforma. Então, você pode comparar os valores de compra e venda das criptomoedas oferecidas pela empresa e as opções de vendedores.

Em seguida, basta optar pelo criptoativo que deseja comprar, o vendedor, a quantidade e confirmar a transação. Bem tranquilo, não é mesmo?

Negociação com ordens limitadas

Esse modo de funcionamento é um pouco diferente e acaba exigindo uma explicação mais detalhada.

Funciona assim: o usuário pode colocar uma ordem de compra de uma criptomoeda a um preço mais baixo do que a cotação atual. O sistema aguardará até o preço atingir o valor da sua ordem e, só então, fará a transação. Ou, se ao invés de comprar, você quiser vender, poderá colocar uma ordem de venda com um preço mais alto e o mesmo acontecerá.

É válido salientar, porém, que se você colocar uma ordem de compra com preço acima da cotação atual ou uma ordem de venda com preço abaixo da cotação atual, ela será executada automaticamente pelo preço dos melhores vendedores ou compradores, levando em conta a quantidade do criptoativo.

Outro ponto de atenção é que essa dinâmica altera a taxa de corretagem cobrada pela exchange. Normalmente, o usuário que coloca a primeira ordem paga uma taxa menor do que aquele que retira a ordem. Dependendo da política da exchange utilizada, o usuário também pode receber um percentual da corretagem.

Como escolher a melhor exchange?

Existem diversas plataformas disponíveis nos mercados brasileiro e internacional. Para escolher a que melhor se adequa aos seus objetivos, é preciso avaliar alguns critérios. Por isso, atente-se aos seguintes pontos:

  • Pesquise sobre a exchange, analisando quando ela foi fundada, quais são seus sócios, o CNPJ, entre outras informações essenciais sobre ela;
  • Avalie as notas e os comentários sobre a empresa em sites de avaliação – como o Reclame Aqui –, além do histórico de negociações;
  • Analise as taxas cobradas e quais são os serviços oferecidos, além dos criptoativos comercializados;
  • Verifique se a exchange atua no Brasil e se está de acordo com as leis do nosso país, especialmente as tributárias;
  • Analise o volume de negociações (bom indicador da liquidez da empresa) e a capacidade de atender ao pedido dos usuários a qualquer momento do dia.

Apesar de serem passos que exigem um certo tempo, tomá-los ajudará você a ter uma escolha mais assertiva, evitando grandes problemas a longo prazo. Dentre os riscos de escolher uma exchange sem fazer essa pesquisa prévia estão:

  • Perda de criptoativos – seja por falência da empresa usada para negociações ou invasão de hackers facilitada por um sistema de segurança ineficiente;
  • Vazamento de dados sensíveis – como as informações da sua conta bancária, cartões de crédito ou endereço, a depender do que você precisou inserir na plataforma.

Nós criamos este conteúdo para você que quer fazer parte do universo cripto e ele pode ser a sua porta de entrada nesse novo mundo. Ainda não conhece a plataforma da Ripio? Acesse o site para se cadastrar e começar a fazer parte da nova economia digital.