Satoshi: tudo o que você precisa saber sobre o Bitcoin fracionado

Se você é investidor ou se interessa por criptos em geral, é provável que já tenha se deparado com o nome Satoshi. Primeiro, porque ele remete ao criador do Bitcoin (Satoshi Nakamoto) e, segundo, porque representa o fracionamento do Bitcoin (BTC) no mercado. 

Muitas pessoas se confundem quando a palavra vem à tona. Por isso, antes de começar a investir, é importante que você compreenda o seu significado na prática. Pensando nisso, preparamos este artigo com os principais conceitos, dicas de conversão e mais informações relevantes sobre Satoshi. Vamos lá?

Satoshi e Bitcoin são a mesma coisa? Qual a relação?

O Satoshi nada mais é que a representação de uma parte menor do Bitcoin, ou seja, ele é uma fração da criptomoeda. Para entender melhor o conceito, é possível fazer uma analogia com a moeda que usamos no Brasil: o centavo é o nome dado para a fração do real, e a proporção é de 100 centavos para 1 real. 

Portanto, seguindo o exemplo da nossa moeda fiduciária, o Satoshi está para o Bitcoin assim como o centavo está para o real. 

A grande diferença entre as moedas usadas nessa analogia é que as criptomoedas podem ser fracionadas mais vezes do que as moedas tradicionais, justamente por estarem disponíveis apenas virtualmente e não precisarem se adequar à rotina de impressão e de transações palpáveis.

Quantos Satoshis tem um Bitcoin?

Antes de aprender a fazer a conversão, ou seja, entender quantos Satoshis formam um Bitcoin, é importante ter em mente que o valor do BTC está vinculado à oferta e à demanda. Dessa forma, a sua cotação varia diariamente e de forma volátil. 

Também é importante destacar que essa moeda virtual tem fabricação limitada e possui o teto de 21 milhões de unidades a serem emitidas. Porém, uma das principais vantagens das criptomoedas é a sua capacidade de divisão ilimitada, sendo o Satoshi uma representação clara dessa qualidade. 

A proporção entre Bitcoin e Satoshis é a seguinte:

1 BTC corresponde a 100.000.000 Satoshis;

0,5 BTC corresponde a 50.000.000 Satoshis;

0,25 BTC corresponde a 25.000.000 Satoshis — e, assim, sucessivamente.

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Pela perspectiva do Satoshi, a representação é feita da seguinte forma:

1 Satoshi corresponde a 0,00000001 BTC;

10 Satoshis correspondem a 0,00000010 BTC;

100 Satoshis correspondem a 0,00000100 BTC — e assim por diante.

Como é feito o fracionamento do Bitcoin?

Os Satoshis permitem que os investidores negociem partes de 1 BTC em vez de uma fatia inteira. É possível, por exemplo, ter frações do Bitcoin e mesmo assim fazer transações e pagar por serviços, como qualquer usuário da criptomoeda

A prática traz mais usabilidade para a moeda, uma vez que a cotação de uma unidade de Bitcoin é bastante elevada,o que faz com que muitas pessoas não tenham acesso ao ativo. Como não há nenhuma obrigação da utilização de BTC em pagamentos, a moeda acaba se tornando inconstante em termos de valor, dependendo da especulação dos usuários. Isso explica o motivo de ocorrerem variações tão altas de valorização e desvalorização em prazos curtos, inclusive de um dia para o outro.

Vale destacar que o Satoshi não é a única divisão dessa criptomoeda: existe também a Milibitcoin, que vale 0,001 BTC, e o Microbitcoin, que vale 0,000001 BTC. Entretanto, o Satoshi tem maior representatividade por ser o menor fracionamento existente.

Significado do nome Satoshi 

Como apontado no início do texto, o nome do fracionamento do Bitcoin surgiu do idealizador do ativo: Satoshi Nakamoto. Desde o lançamento da principal criptomoeda do mundo, em 2009, o mercado especula se o autor do projeto é mesmo uma pessoa física ou uma empresa, mas pouco se sabe com certeza.

Algumas pessoas até afirmaram publicamente serem Satoshi Nakamoto, mas nada foi realmente confirmado e a sua verdadeira identidade continua desconhecida. Fato é que a figura de Nakamoto foi a responsável pela apresentação do conceito de criptomoedas em um grupo de discussões online no ano de 2008, quando pouco se falava ainda sobre o tema. 

Depois de algum tempo, o mesmo autor das apresentações lançou o Bitcoin no mercado, bem como a tecnologia de blockchain em que a moeda é baseada. Uma curiosidade interessante é que a palavra “Satoshi” em chinês significa “pensamento claro, inteligência rápida”. Já “Naka” significa “interior” e “Moto” significa “base, origem”. Curioso, não é mesmo?

Riscos do investimento em Satoshis

Como os Satoshis nada mais são do que partes de um BTC, eles apresentam os mesmos riscos que as unidades completas da criptomoeda. Sendo assim, os mesmos cuidados que já comentamos em outras publicações por aqui continuam sendo válidos quando falamos da compra e venda de Satoshis. Vamos relembrá-los?

Sites mal-intencionados

Com a popularização das criptomoedas cada vez mais consolidada é comum que surjam oportunistas e promessas falsas envolvendo os ativos. Porém, não se engane: se a oferta é grande, a chance de ser golpe também é proporcionalmente alta.

Riscos como malwares, roubo e vazamento de dados, dentre outros perigos, são uma realidade à qual você precisa estar atento. Antes de acessar um site com grandes promessas, pesquise sobre ele. Alguns minutos em fóruns que trazem a opinião dos usuários poderão salvá-lo de grandes enrascadas.

Hot storages desprotegidas

Armazenar seus Satoshis em uma carteira virtual (também chamada de hot storage) tem seus riscos, especialmente se a plataforma não tiver uma boa equipe de segurança da informação focada em proteger as posses dos usuários. 

Quando falamos de criptomoedas em geral, é válido fazer um paralelo com o dinheiro físico. Você deixaria a sua carteira desprotegida dando sopa por aí? É muito provável que não. O armazenamento dos seus Satoshis deve seguir a mesma lógica para você se manter protegido no ambiente virtual.

Impossibilidade de cancelar a transação

Assim como acontece com unidades completas de Bitcoin, as transações com Satoshi não podem ser revertidas. Isso porque todas as operações em redes blockchain, sem exceção, são registradas em blocos interligados de informação e a alteração desses blocos tornaria o sistema vulnerável.

Pensando em proteger as criptos de fraudes, os desenvolvedores das blockchains não permitem o cancelamento de operações realizadas. Apesar de parecer uma medida drástica, a característica tem se provado eficiente e, até o momento, não há histórico de fraudes envolvendo Bitcoin ou Satoshis diretamente das redes blockchain.

Barreiras governamentais 

Existem limitações que devem ser avaliadas antes de trabalhar com essa fração de moeda. A primeira delas está relacionada ao controle: se um usuário tiver uma grande parcela de gestão da mineração da moeda, ele pode se tornar monopolizador, situação que não é aceita nos blocos.

O segundo aspecto está relacionado à liberdade da moeda. Determinados países não permitem que as criptos funcionem em sua totalidade. Isso acontece principalmente por conta da tentativa de se ter o controle estatal sobre a aceitação das criptomoedas. A situação, além de prejudicar o nível de interesse dos usuários, impacta na desvalorização dos ativos.

Falta de diversificação

Como em qualquer tipo de investimento, é recomendado não deixar todos os seus recursos financeiros disponíveis investidos apenas em Satoshis. Diversificar a carteira de investimentos é essencial para evitar oscilações em um só ativo.

Investir em outras criptomoedas ou frações delas permitirá que você explore outras oportunidades e se proteja de perdas extensivas caso, eventualmente, o Bitcoin venha a perder boa parte do seu valor de mercado.

Preço do Satoshi

Como a cotação do Bitcoin é bastante volátil, o valor do ativo varia em tempo real, não sendo possível estipular uma cotação exata.

Para fazer a conversão de Satoshis para real, utilize a seguinte fórmula: COTAÇÃO DO BITCOIN EM REAIS / 100.000.000 = VALOR DO SATOSHI EM REAL.

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