Desde que surgiu, a blockchain se mostrou uma tecnologia eficaz para o envio de dinheiro para qualquer parte do mundo, bastando simplesmente uma wallet e conexão com a internet.
A prova de seu sucesso e crescente popularização está no aumento da adoção do bitcoin, a principal das criptomoedas. Outra prova que mostra como a blockchain é uma tecnologia com bons casos de uso é a grande quantidade de criptomoedas e tokens lançados no mercado, que ultrapassa a casa das centenas de milhares.
Mesmo que saibamos que blockchain possui outros usos, como controle de cadeia de suprimentos e registro de autenticidade, quais seriam possíveis caminhos pensando apenas na troca de dinheiro?
Adoção em massa das criptomoedas
Blockchain e criptomoedas não são mais assuntos restritos a pequenos grupos de programadores e entusiastas.
Já é possível encontrar MBAs com formação na área, assim como tecnólogos que graduam o estudante exclusivamente no setor. Muitos cursos do mercado financeiro já incluem as criptomoedas e suas tecnologia em sua grade, atentando à era digital.
Além disso, o número de comércios que aceitam criptomoedas continua a aumentar, ao passo que novos investidores também aderem ao mercado.
Há real possibilidade de que maiores volumes de dinheiro sejam transacionados via blockchain, fazendo com que o universo das criptomoedas passe a ser menos especulativo e mais usado no dia a dia, por pessoas comuns em situações simples.
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DeFi
DeFi significa “finanças descentralizadas”. DeFi é um conjunto de serviços financeiros bem próximo ao que um banco oferece, como envio de valores, empréstimos, fundos de investimento, seguros, etc. O diferencial é que todos os produtos construídos são abertos, construídos em blockchain.
Como um aplicativo descentralizado, DeFi é uma nova tendência de mercado, pois dá o controle dos serviços que antes estava na mão só dos bancos para a rede de participantes de um projeto em blockchain, muitas vezes de forma mais barata.
Considerando os anos de 2019 e 2020, podemos observar uma enorme expansão de dapps (Aplicativos Descentralizados) no setor de DeFi, tendo um aumento de cerca de 20 vezes na capitalização de projetos da área.
Portanto, as empresas e projetos que unirem a facilidade da troca de dinheiro com funcionalidades de DeFi poderão guiar uma revolução blockchain.
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Stablecoins Estatais
Não é só entre organizações descentralizadas e abertas que blockchain tem chamado atenção: governos de vários países estão estudando a tecnologia para emitir uma versão digitalizada de sua moeda estatal.
Por exemplo, a Venezuela já utiliza o Petro, que é uma moeda digital estatal lastreada no preço do petróleo. Já o Sberbank, o maior banco da Rússia, está considerando a possibilidade de emitir seu próprio token.
Mesmo no Brasil, o banco central já informou, em agosto de 2020, que formou um grupo de estudos para avaliar a possibilidade de criação de uma versão digital do real.
Um ponto relevante é entender que o modelo proposto pelos governos é a criação da versão digitalizada de sua moeda FIAT, num formato conhecido como CBDC (Central Bank Digital Currency, algo como "Moedas Digitais de Bancos Centrais").
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Este modelo de moeda digital proposto não compartilha dos princípios básicos das criptomoedas tradicionais, já que seria regulada, controlada e emitida por um governo central.
Assim vemos que até mesmo os bancos centrais e governos pretendem usar em larga escala a blockchain para a troca de dinheiro em seus países.
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