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Play-to-Earn: como funcionam os jogos NFTs e dicas para investir

Play-to-Earn: como funcionam os jogos NFTs e dicas para investir

Saiba mais sobre o Play-to-Earn e como o seu mercado vem sendo cada vez mais valorizado.

Luana Miyuki
Content Analyst
5/12/22

O universo cripto tem se expandido para diferentes frentes, e uma delas é a dos criptogames. Mas engana-se quem pensa que os jogos play-to-earn servem apenas aos interesses de fãs dos e-sports. Os investidores estão de olho nesse segmento, que promete liquidez recorde para os próximos anos.

Se você já ouviu falar em jogos como Axie Infinity ou Decentraland, provavelmente já conhece os conceitos básicos sobre NFTs e blockchain. Ainda assim, nem todo investidor compreende como esses sistemas descentralizados têm ganhado espaço no mercado como uma alternativa de investimento para se ter na carteira.

Quer investir em jogos NFTs? Acompanhe o texto a seguir e saiba como funciona o play-to-earn, qual a sua relação com a rede blockchain e quais são os principais jogos do momento. 

O que é play-to-earn?

O termo play-to-earn vem do inglês e significa “jogar para ganhar”. Ou seja, como o próprio nome sugere, trata-se de uma modalidade de game que recompensa o jogador conforme ele avança etapas. No contexto do universo cripto, a definição se torna mais complexa, já que as recompensas são feitas por meio da rede blockchain via NFTs.

Atualmente, mais de 7 milhões de players estão ativos em redes descentralizadas espalhadas pelo mundo todo. Os jogos play-to-earn se baseiam em uma economia aberta e colaborativa – ou seja, os jogadores podem contribuir na construção do jogo.

O modelo de negócios P2E via blockchain

A tecnologia blockchain oferece muito mais do que transações de criptomoedas. Os games também começam a se beneficiar desse mecanismo para funcionarem de maneira descentralizada e livre de intermédios. A ideia dessa integração é tirar o poder das grandes companhias e entregá-lo aos jogadores.

Os jogos P2E oferecem ao usuário a oportunidade de criar e personalizar ambientes virtuais. Mas, diferentemente de outros jogos de mundo aberto já existentes com essa finalidade – Minecraft e Second Life, por exemplo –, os criptogames recompensam de verdade e de forma descentralizada. 

Ou seja: é a chance de jogadores e investidores utilizarem esses recursos como forma de ganhar dinheiro no ambiente virtual. Os criptoativos dos jogos play-to-earn podem ser trocados tanto por moedas reais como serviços e produtos de marketplaces parceiros – tudo isso através da rede blockchain.

4 jogos play-to-earn para você ficar de olho

O mercado play-to-earn é uma revolução das finanças descentralizadas. A tendência para os próximos anos é de que o setor movimente bilhões de dólares em investimentos, além de mudar a relação entre jogadores, investidores e grandes companhias da indústria dos games. Conheça os principais jogos P2E:

Axie Infinity

O Axie Infinity é o jogo mais popular do universo P2E. Sua base é inspirada nos gráficos de Pokemon da Nintendo: os jogadores colecionam “monstrinhos” que vão sendo capturados ao longo das fases. A diferença para um jogo tradicional é que esses monstrinhos são NFTs – portanto, exclusivos.

O jogador avança conforme captura mais NFTs. Ele pode tanto trocar itens com outros usuários como “duelar” por acessórios valiosos e exclusivos. Por fim, caso vença a missão, tem a oportunidade de trocar seus tokens por dinheiro real. O marketplace de NFTs do jogo já movimentou US$ 2,6 bilhões.

Por ser um dos jogos mais famosos do tipo, o Axie Infinity exige um investimento inicial por parte do jogador. Para jogar, o usuário precisa adquirir ao menos três Axies – o valor deles normalmente começa em US$ 500. Fazendo uma conversão simples, significa algo em torno de R$ 2.500. 

O token AXS é a moeda oficial utilizada pelos jogadores. Apesar de ter sido criada para ser um ativo de governança no jogo, hoje o protocolo opera também como um ativo digital. Compre AXS na plataforma da BitcoinTrade.

Decentraland

Outro exemplo famoso de P2E é o metaverso Decentraland, que funciona de forma muito mais expandida que um simples jogo. Nele, é possível jogar com outros usuários e também socializar, adquirir terrenos virtuais e vender acessórios.

Soa como um The Sims, não é mesmo? A diferença é que nesse sistema as negociações valem dinheiro de verdade. Ao adquirir uma land (terreno virtual), é possível explorá-la de forma comercial e negociá-la com outros jogadores. 

O Decentraland é gerenciado e controlado por seus próprios usuários, que contribuem para a evolução dos gráficos. Muitos designers utilizam os jogos play-to-earn para criar NFTs exclusivos e revendê-los nos marketplaces associados.

Assim como o Axie Infinity, o Decentraland também exige um investimento inicial. Dentro do jogo, as negociações são feitas pelo token MANA.

The Sandbox

O The Sandbox também funciona em formato de metaverso e oferece inúmeras possibilidades. A lógica do jogo se concentra na comercialização de terrenos virtuais, com lotes que são negociados de forma direta entre os usuários. 

A especulação imobiliária do universo cripto pode parecer uma temática de ficção científica, mas já existe na nossa realidade: os leilões em jogos play-to-earn inflacionam os terrenos virtuais e geram uma grande “disputa” por espaço nesses metaversos. Para os investidores, é uma boa oportunidade de diversificação da carteira em ativos cada vez mais valorizados.

A moeda utilizada no game é o token SAND, que no jogo é um criptoativo de nome SAND, que atualmente vale cerca de R$ 41.

Mir4

Quer explorar os jogos play-to-earn sem ter que investir um montante inicial? Então, a alternativa são os games free-to-play – opções gratuitas para quem deseja explorar o metaverso dos jogos NFTs de maneira indireta. 

Com um dos melhores gráficos apresentados até então, o Mir4 é um game totalmente gratuito que funciona por desktop e celular. Diferentemente dos jogos que foram citados anteriormente, esse também é baseado em NFTs, mas não recompensa de forma direta os jogadores – ao menos de início.  

O ativo digital do Mir4 é a DRACO, que pode ser conquistada à medida que você se dedica às batalhas e atinge o nível 40 do jogo. Conforme avança, você reúne itens superficiais e, com o passar do tempo, conquista dinheiro de verdade. É uma boa porta de entrada para o investidor que deseja conhecer os P2E.

Vale a pena investir em play-to-earn?

Agora que você conhece a lógica por trás do play-to-earn, a pergunta que fica é: vale a pena investir nos criptogames? Para respondê-la, nada melhor que apresentarmos dados do mercado – e eles são bastante otimistas.

O metaverso dos jogos em blockchain ainda é novo e promete crescer muito mais, à medida que as tecnologias são expandidas para outras frentes. Por isso, o momento de investir é agora! 

A valorização no mercado P2E

O modelo de jogos P2E está atraindo milhões de pessoas em todo o mundo justamente pela possibilidade de gerar lucro. Por isso, tanto jogadores como investidores veem nos jogos NFTs a oportunidade de diversificar ativos rentáveis. O token da Axie Infinity, por exemplo, cresceu 161% em 2021.

O valor de mercado da indústria de jogos do metaverso atingiu a marca de US$ 176 bilhões no final do ano passado. Agora, especialistas acreditam que o valor deve ultrapassar US$ 200 bilhões até 2023.

Algumas criptomoedas ligadas a games, como a MANA e o SAND, têm apresentado crescimento mesmo quando há queda de criptos tradicionais – como o Bitcoin e o Ethereum. Isso significa que há maior solidez no mercado de criptogames, visto que ele está apenas começando e promete crescer muito mais. 

Conclusão

O investimento em play-to-earn é um caminho interessante para os investidores com um perfil mais atrevido. Porém, antes de entrar nesse mercado, é importante que você estude projetos seguras e confiáveis. Os jogos apresentados neste texto são alguns dos mais conhecidos da atualidade, mas o investimento inicial gira em torno de 3 a 4 mil reais.

Por isso, lembre-se de estudar como funciona o mercado de tokens, as criptomoedas e os jogos NFT. Se o investimento for feito com planejamento e estratégia, eles tendem, sim, a render bons frutos no longo prazo.