Quando vamos comprar um imóvel, criar uma sociedade empresarial ou até mesmo assumir um compromisso matrimonial; usamos um cartório ou órgão similar para que o acordo entre as partes envolvidas possa ser validado.
Um cartório serve como uma entidade que atesta que um acordo foi feito e dá fé que ele é legítimo.
Mas, através da tecnologia, é possível criar contratos que também legítimos, confiáveis. Tudo isso sem precisar de um serviço de terceiro, seja público ou privado, para a garantia de seu cumprimento.
Smart Contracts, ou contratos inteligentes, é como se chama o protocolo que torna possível a criação de acordos sem a necessidade de intermediários, de forma totalmente digital. O termo foi usado pela primeira vez em 1997, antes mesmo do surgimento do Bitcoin!
Para aprendermos como os contratos inteligentes funcionam, vamos primeiramente entender como contratos podem ser digitalizados. Também falaremos um pouco sobre blockchain. Por fim, vamos conectar as duas partes e entender de vez como funciona um Smart Contract.
Contratos digitais
A evolução da computação fez com que muito de nossos registros de papel fossem digitalizados. Tarefas repetitivas também foram reescritas em linguagem de computador e, desde então, programas são responsáveis por automatizar muitas de nossas atividades.
Mais que apenas guardar o texto de um contrato, programadores podem codificar o que é combinado para que um software realize certas ações caso suas condições sejam atendidas.
O problema de codificar os contratos é que quem pode garantir a sua autenticidade? E se o código for fraudado por uma das partes? Se houver problemas, a quem recorrer? Seria possível encontrar uma forma de garantir a validade desses contratos sem a intermediação de um cartório?
A tecnologia Blockchain
Blockchain, ou cadeia de blocos, é uma rede distribuída, que permite fazer registros imutáveis, de maneira confiável. Ou seja, quando um registro é feito em uma rede da cadeia de blocos, não é possível mais que ele seja modificado.
Acredito que, neste momento, você já conseguiu entender como a tecnologia blockchain pode resolver o problema apresentado sobre os contratos digitais.
Blockchain, contratos digitais e Criptomoedas
A junção da cadeia de blocos com a possibilidade de codificar contratos baseados em suas condições abriu um incontável número de novas oportunidades.
E a ideia inicial ainda foi mais longe: em acordos que envolvam dinheiro, as criptomoedas podem ser usadas para que as transações financeiras de um contrato aconteçam de forma automática.
Financiamentos coletivos através de Smart Contracts se tornaram muito utilizados.
Por exemplo, quem deseja participar de um financiamento deposita criptomoedas em uma conta de um contrato inteligente. Caso a meta de financiamento seja atingida, as criptomoedas são liberadas para a empresa financiada, mediante à entrega do produto proposto. Se a meta não for atingida, pode haver uma cláusula que devolva o dinheiro dos participantes de forma automática, sem os riscos de desvios de dinheiro.
Ethereum e o crescimento dos Smart Contracts
Não são todas as criptomoedas que possuem a funcionalidade de criação de contratos inteligentes. A mais popular entre as que permitem Smart Contracts é a Ethereum. Os programas construídos sobre seus contratos inteligentes são chamados de aplicações descentralizadas.
A ETH conquistou o segundo lugar de capitalização no mercado de criptomoedas e o grande diferencial para sua expressiva colocação no mercado é justamente ser a plataforma de contratos inteligentes mais usada no mundo.
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