Se você ainda não sabe o que é moeda virtual, está de fora de um mercado que, somente em 2017, movimentou R$ 8,2 bilhões apenas no Brasil. Sim, é um volume surpreendente, equivalente a cerca de cinco vezes o valor investido mensalmente em Tesouro Direto.
Existem 1,8 milhão de investidores cadastrados no Tesouro Direto, mais do que o dobro de inscritos na bolsa de valores (B3). Estamos falando de duas modalidades consagradas no mercado financeiro.
As criptomoedas, novidade nesse contexto, já reúnem quase 1,4 milhão de aplicadores. É por isso que você não pode mais ignorar esse fenômeno. Aprenda, neste post, o que é moeda virtual e fique por dentro!
O que é moeda virtual?
Você já deve ter ouvido falar em moeda virtual, moeda digital ou criptomoeda. Esses termos foram muito comuns em 2017, ano que marcou a expansão dessa inovação, que já se consagra como uma modalidade interessante de investimento.
Apesar de tão comentadas, as moedas virtuais não são tão facilmente compreendidas por todos, como ocorre com outros instrumentos financeiros. Afinal de contas, elas possuem características muito específicas e vinculadas à linguagem de programação. É por isso que a maior parte dos investidores em criptomoedas está na faixa dos 25 aos 35 anos.
Independentemente da idade, qualquer pessoa pode investir nesse tipo de ativo, basta conhecê-lo um pouco mais e buscar uma boa corretora de investimento. Então, vamos ao conceito.
Moeda virtual é um instrumento criado por códigos de programação abertos, que só são manipuláveis por quem domina essa tecnologia. Isso não quer dizer, no entanto, que não haja controle sobre as operações. Pelo contrário, a rede que controla o processamento das criptomoedas segue protocolos de segurança.
A tecnologia que garante proteção às transações é conhecida como blockchain, uma cadeia de estruturação de dados que registra todas as operações. Cada nova entrada no sistema é assinada digitalmente. Isso não só garante que a transação é autêntica como, também, garante a integridade da movimentação, já que a assinatura é única. Dessa forma, o risco de adulteração é mínimo.
Graças a esse protocolo de segurança, é possível garantir a entrada e a saída de moedas virtuais da carteira de um determinado investidor, sem que ele consiga utilizar a mesma moeda em duas operações distintas. Ou seja, se ele fez uma compra utilizando uma criptomoeda, não conseguirá fazer o mesmo processo uma segunda vez, pois será automaticamente recusado.
Como você já deve ter notado, não existe uma entidade financeira, como um banco central, atuando na emissão das criptomoedas — ao contrário do que acontece com as moedas tradicionais. Quando um país emite valores mobiliários (dinheiro), a quantidade emitida ajuda a determinar seu valor de mercado.
No caso da moeda virtual, qualquer pessoa que conheça a linguagem utilizada pode criar sua própria moeda. Em outras palavras, não existe um lastro do dinheiro, por isso seu preço é estabelecido mais pela procura e demanda. Atualmente, já existem mais de mil criptomoedas catalogadas. As principais são: Bitcoin, Ethereum e Bitcoin Cash.
O que são os Bitcoins?
Mesmo que você não saiba o que é moeda virtual, já ter notado que o Bitcoin é a criptomoeda de maior destaque entre todas. E não tem como ignorar a sua presença de mercado. Em 2017, sua valorização chegou a 1.400%. Isso mesmo!
Essa evolução no preço é resultado da ampla procura dos investidores. Como é um ativo que tem sua emissão limitada a 21 milhões de unidades, a oferta é restrita. Isso quer dizer que, em um breve futuro, a quantidade de Bitcoins no mercado ficará estável.
Quem quiser adquirir a criptomoeda terá que pagar o que o mercado estabelecer. Como a relação entre demanda e oferta é que dita as regras de preços, quanto menor for a oferta maior tende a ser a demanda e ainda mais elevado deverá ser o preço.
O limite de unidades é característica de todas as moedas virtuais por uma razão simples: cada criptomoeda tem uma codificação única. O problema é que a geração desses códigos ocorre por meio de uma combinação de números que é finita.
Para quem ainda quer entrar nesse mercado, a ideia é se antecipar. Mais de 80% da quantidade de Bitcoins já está distribuída. Isso quer dizer que restam apenas 20% do total de unidades possíveis.
Como o Bitcoin pode ser usado?
Afinal de contas, o que é possível fazer com o Bitcoin, na prática? Veja as principais opções:
- reserva de dinheiro;
- compra e venda;
- transferências.
O primeiro ponto é óbvio, como já explicamos aqui, quem adquire a moeda aposta na sua valorização ao longo do tempo, o que a coloca como um excelente instrumento para garantir a segurança financeira do investidor.
Os preços desse ativo tendem a se manter em expansão, no longo prazo, por conta do aumento da procura frente a oferta limitada de unidades. É por isso que mesmo em cenário de desvalorização, o interesse em comprar Bitcoin se mantém, o que indica que vale a pena manter o investimento no longo prazo.
Há a possibilidade de utilização, de fato, do Bitcoin em transações de compra e venda junto a empresas e instituições que aceitam pagamento em moeda virtual. Além disso, existe a transferência de valores entre contas.
Como surgiram as criptomoedas?
O Bitcoin é a primeira moeda criptografada que deu certo. Lançada em 2009 e tendo sido desenvolvida anonimamente (seu criador é desconhecido e usa o pseudônimo de Satoshi Nakamoto), ela foi, na verdade, a evolução funcional de um sistema econômico digital que desde a década de 1990 vem sendo desenhado.
Antes do Bitcoin, vieram o Digicash, Hashcash, E-gold e Bitgold. Todas tentaram chegar ao nível de sofisticação que só foi alcançado cerca de duas décadas depois. Como toda mudança, a moeda virtual é decorrente de um processo que foi evoluindo ao longo dos anos.
O cenário atual é de manutenção das projeções de crescimento. Hoje, a Bolsa de Chicago já negocia contratos futuros em Bitcoin. Além disso, cada vez mais estabelecimentos, empresas e instituições aceitam pagamentos em criptomoeda. É o caso da Microsoft. No Brasil, a construtora Tecnisa aceita Bitcoins no pagamento de entrada dos seus empreendimentos imobiliários.