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Existe um limite para o fornecimento de Ethereum?

Existe um limite para o fornecimento de Ethereum?

Entenda como funciona a emissão de Ether

Santiago Juarros
Content Analyst
19/1/21

O universo das criptomoedas possui uma grande variedade de ideologias diferentes, que são refletidas nos projetos do setor.

Uma das características muito difundida sobre o bitcoin é que ele possui um número máximo de unidades: 21 milhões. A emissão é feita de forma lenta, mas contínua, até que todas as moedas sejam extraídas na rede. O último bitcoin deve ser minerado por volta do ano 2140.

Essa previsibilidade na emissão e no limite de moedas tende a tornar o bitcoin mais escasso com o tempo e aumentar as suas chances de valorização.

A ETH não compartilha do mesmo princípio, não havendo um limite máximo de moedas a serem criadas. Apesar disso, durante a fase de lançamento do projeto, foi estabelecido que num mesmo ano não pode-se emitir mais que 18 milhões de unidades.

Sendo assim, com o passar dos anos o fornecimento total aumenta, mas existe um controle sobre essa emissão. E é interessante notar que os 18 milhões é o máximo emitido por ano, e não a regra.

Essa afirmação pode ser ilustrada pela postagem de Vitalik Buterin, fundador da Ethereum, no Twitter no dia 17 de junho de 2020:

“O fornecimento de ETH, que no whitepaper diz que hoje teríamos 150,8 milhões; atualmente está em 111.3 milhões.”

Quais os motivos para optar por este modelo de emissão sem limite definido?

Segundo o whitepaper da Ethereum, a constante emissão evita que as unidades das moedas fiquem concentradas na mão de poucos, além de dar oportunidades mais igualitárias para que as gerações futuras possam comprar a criptomoeda.

Um segundo motivo para a decisão é o de equilibrar a rede, compensando as moedas perdidas por ocasião de morte dos proprietários, ou as que os donos simplesmente esqueceram suas chaves privadas, fazendo com que os fundos fiquem inacessíveis por descuido.

Por fim, o whitepaper explica que a emissão tende a ser cada vez menor com o passar dos anos. Portanto, é mais vantajoso obter ETH agora do que esperar os anos passarem: além da procura ter uma grande chance de aumentar, a oferta de moedas deve diminuir!

Ethereum: Evolução das criptomoedas

Rivalidade com o BTC

Os desenvolvedores que defendem o BTC usam com frequência o argumento da falta de um fornecimento máximo como um ponto negativo para a ETH.

Mas a equipe da Ethereum parece não dar a mesma importância para o assunto: por mais que propostas sobre mudanças na emissão sejam apresentadas, o time de desenvolvimento do projeto está focado em outros pontos, como dar escalabilidade e maior uso à moeda.

Era melhor se a moeda ETH  tivesse um fornecimento máximo?

Esta pergunta tem vários pontos de vistas e aqui veremos apenas dois deles.

Olhando pelo prisma de valorização, uma moeda que possui um limite baixo de emissão terá mais chances de ver seu preço subir. Então, se vermos por este lado, seria mais interessante um número limitado de moedas.

Por outro lado, o modelo Ethereum tenta equilibrar a sua rede a fim de descentralizar ao máximo o número de participantes, evitando que a maior porcentagem das moedas fique na mão dos mesmos investidores.

Assim vemos que, no mercado de criptomoedas, não existe um modelo melhor ou pior, mas sim ideias e propósitos diferentes entre os projetos.

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