Os altos ganhos recentes do Bitcoin têm chamado a atenção de quem busca oportunidades de investimento. A atratividade cresce ainda mais quando se consideram as aplicações mais tradicionais, como as de renda fixa pós-fixadas ligadas à taxa básica de juros do país, a Selic, que está baixa e, portanto, rende pouco para os poupadores.
O Bitcoin, de fato, tem ajudado muitas pessoas na construção do seu patrimônio, mas, como todo investimento, tem seus riscos e é importante conhecê-los muito bem antes de entrar nesse mercado. Por isso, vamos listar cinco dicas para aumentar a segurança do Bitcoin. Confira!
1. Use carteiras virtuais para fazer backup das suas chaves privadas
A chave privada é um número de 256-bit que funciona como uma espécie de senha que permite ao seu detentor transferir os Bitcoin. Quem possui a chave privada consegue movimentar o ativo, assim como acontece, por exemplo, com o dinheiro.
Dessa forma, se você armazenar suas chaves privadas no computador e tiver que formatá-lo, por exemplo, perdendo as chaves, o investimento vai junto e não há como recuperar.
Para que isso não aconteça, existem carteiras digitais que permitem fazer backups das chaves privadas e importar a carteira. O mercado oferece uma variedade de opções nesse sentido, como o próprio software do Bitcoin, soluções web como o Blockchain.info e aplicativos para smartphone, como o Mycelium, breadwallter e GreenAddress, além de opções em formato web e carteiras em hardware. É possível, inclusive, depositar um pouco em cada carteira, reduzindo ainda mais o risco.
2. Faça também backups off-line para aumentar a segurança do Bitcoin
As carteiras virtuais são uma forma razoavelmente segura de armazenar as chaves privadas, mas, como tudo que está na rede, não são imunes a ataques de hackers. Por isso, é recomendável fazer também o backup offline, em um pendrive ou HD externo.
Essa medida elimina o risco de ataques virtuais, mas vale lembrar que os dispositivos externos também têm seus próprios riscos, como danos físicos, perda ou furto. Assim, é aconselhável fazer backup tanto em carteiras virtuais quanto off-line.
3. Escolha senhas improváveis e armazene-as de forma segura
Para criar sua carteira virtual você precisará fornecer dados e escolher senhas. Aqui vale a mesma dica que usamos nas nossas contas bancárias: dificulte o trabalho do hacker e adote senhas difíceis de descobrir. Não reutilize senhas de redes sociais, e-mails ou outros serviços que você acessa regularmente.
Em alguns casos, como o Blockchain.info, sua senha é definida pelo sistema, com 12 palavras aleatórias. Lembre-se de que, quem tem acesso à carteira consegue transferir os ativos, portanto é imprescindível cuidar dessas senhas tanto quanto das chaves privadas em si.
4. Criptografe suas chaves privadas
A opção de criptografar as chaves privadas é dada em todos os softwares de carteira digital e sua utilização provê uma barreira extra contra os ataques de hackers. Alguns aplicativos oferecem medidas adicionais, como adicionar um PIN. Aproveite e faça uso de tudo que puder aumentar a segurança da sua carteira.
5. Use a autenticação em dois passos
Existem aplicativos, como o Google Authenticator e o Auti, que podem ser associados à sua conta, de forma que, quando você tentar acessá-la, será solicitada uma segunda senha. Esse passo adicional dificulta a invasão da conta. Quando decidir por uma carteira digital, confira como ativar a função.
Agora você já sabe várias opções para aumentar a segurança do Bitcoin e pode fazer seus investimentos com tranquilidade, de acordo com os seus objetivos e com o momento do mercado.