As redes de criptomoedas funcionam graças a um grupo de participantes que investem recursos para validar as transações e garantir que todos estejam de acordo sobre quais informações são legítimas. Em troca dessa tarefa, recebem recompensas em forma de criptomoedas.
Os mecanismos de consenso usados pelas redes são diversos, mas os dois principais são Proof of Work (“prova de trabalho”, também conhecida como mineração) e Proof of Stake (“prova de participação” ou “staking”). Explicamos mais sobre eles a seguir.
O que é um mecanismo de consenso?
As redes de criptomoedas são descentralizadas. Isso significa que, em vez de contar com uma única entidade que registra e valida todas as operações, há múltiplos nós distribuídos pelo mundo que armazenam uma cópia da blockchain.
Para que esse registro seja íntegro, deve haver um consenso indiscutível sobre quais transações são aceitas e quais não. Para isso, existem nós que, além de armazenarem cópias do livro contábil distribuído, ajudam a registrar dados nele. Nos mecanismos PoW e PoS, esses nós são os mineradores e os “stakers”.
Proof of Work: como funciona
O método Proof of Work se baseia no fato de que os mineradores precisam demonstrar que investiram recursos (equipamentos e energia) para ganhar o direito de adicionar um bloco de informações à blockchain. Como compensação por esses recursos investidos, recebem criptomoedas da rede.
Os nós mineradores competem para encontrar um código (chamado “hash”) que atenda a certos requisitos de dificuldade, o que exige a realização de muitos cálculos por segundo.
No caso do Bitcoin, a dificuldade é ajustada automaticamente a cada 2016 blocos; quanto mais mineradores participam, mais difícil se torna encontrar um hash válido. Quem o encontra primeiro monta o próximo bloco da cadeia com as transações que escolher e fica com as taxas dos usuários e da rede.
Proof of Stake: o que é?
Como o nome indica, o método Proof of Stake se baseia na participação. Ou seja, o principal incentivo para que os nós validadores (stakers) atuem de forma honesta é que estão colocando seu próprio capital em jogo.
Para ser validador em uma rede com Proof of Stake, é necessário depositar uma certa quantidade de fundos em um contrato inteligente. Por exemplo, no Ethereum é necessário bloquear 32 ETH (US$ 81.600 na data desta nota), ou juntar-se a um “pool de staking” com valores menores.
Os validadores são escolhidos aleatoriamente para propor blocos com transações válidas para a blockchain. Em troca, recebem recompensas que variam conforme o número total de validadores (quanto menos validadores, maiores as recompensas). Se um validador agir de forma desonesta, é penalizado com a perda dos fundos que depositou como garantia ao se candidatar como validador.
Diferenças e vantagens de Proof of Work e Proof of Stake
O Proof of Work é considerado o método de consenso mais seguro. Isso porque seria extremamente caro assumir o controle da rede e falsificar transações, desde que haja um número significativo de nós mineradores. E, mesmo que alguém consiga, não valeria a pena, pois os mineradores honestos poderiam dividir (“bifurcar”) a rede e continuar com o histórico contábil anterior ao ataque.
Além disso, o Proof of Work é um mecanismo simples de implementar e promove uma competição justa entre mineradores, o que também favorece a descentralização da rede.
Por outro lado, o Proof of Stake é muito mais eficiente em termos energéticos. Não é necessário ter equipamentos avançados e potentes para ser validador, ao contrário da mineração. Isso o torna mais acessível para mais pessoas, especialmente com a possibilidade de participar de pools de staking com menos capital. Da mesma forma, seria caro obter a maioria dos nós para atacar a rede.
Quanto às vantagens operacionais, as transações nesse sistema são mais rápidas do que com Proof of Work. Isso porque não há cálculos nem competição entre mineradores, já que a própria rede escolhe o validador que confirmará o próximo bloco.
Dois mecanismos de consenso confiáveis
Com suas claras diferenças, podemos dizer que Proof of Work e Proof of Stake são dois métodos de consenso testados e aprovados no mundo cripto. Redes como Bitcoin, Dogecoin e Litecoin se baseiam no Proof of Work, enquanto Ethereum, Solana e Cardano usam Proof of Stake.
A grande concorrência na mineração e no staking dessas redes valoriza as criptomoedas nativas de cada uma. Essas criptomoedas líderes, assim como muitos outros tokens do mercado, podem ser compradas e vendidas na Ripio com a maior liquidez da América Latina, serviços cripto inovadores — como o Ripio Card e os Rendimentos em DeFi — e segurança de alto nível.
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