Uma dúvida muito comum para quem está pensando em investir – ou já investe há algum tempo – em criptomoedas é sobre quantos bitcoins existem. Também surge a dúvida se algum dia eles devem acabar e qual seria o impacto desse fim. É difícil estimar a quantidade exata dessas criptomoedas, mas há, sim, uma previsão para o fim da emissão.
Por isso, é importante criar uma estratégia de investimentos focada no longo prazo e também conhecer as nuances no entorno da quantidade de criptomoedas existentes. Afinal, esse diagnóstico influencia diretamente na volatilidade e mesmo na valorização conforme a escassez aumenta.
Na dúvida sobre quantos bitcoins existem e como essa moeda digital é emitida? Preparamos um guia com as principais informações para você se preparar com os diferentes contextos em torno das criptomoedas. Quer entender melhor sobre o assunto? Continue a leitura!
Quantos bitcoins existem: um resumo do processo
O número de bitcoins emitidos aumenta a cada 10 minutos, à medida que novos blocos são minerados no universo blockchain. O número de bitcoins existentes hoje gira em torno de 18,5 milhões – segundo previsões, a quantidade máxima de emissões será de 21 milhões até 2144.
Como é possível observar, mais de 90% dos bitcoins já foram emitidos, tornando esse um dos ativos mais escassos do mundo. É por essas e outras que muitos chamam o Bitcoin de “ouro digital”.
A quantidade de bitcoins é calculada por meio de dados divulgados abertamente e que podem ser acessados por qualquer usuário. O código-fonte do Bitcoin é open source, o que significa dizer que qualquer pessoa pode validar quantas moedas são criadas a cada momento, além do limite total.
Como o Bitcoin é criado
Para compreender como é feito o cálculo sobre quantos bitcoins existem, é importante também entender o processo de emissão dessas criptomoedas. Como você provavelmente já sabe, o Bitcoin não é uma moeda emitida por algum órgão centralizador – como é o caso do dólar ou do real.
A criptomoeda mais famosa do mundo é emitida por mineração, que consiste em um processo de computação e criptografia que valida os dados das operações na blockchain. Como esse é um procedimento complexo, cada minerador é recompensado com uma quantidade de bitcoins.
Quantos bitcoins são minerados diariamente?
O protocolo Bitcoin criado por Satoshi Nakamoto determina que os blocos sejam minerados em um intervalo médio de 10 minutos. Por isso, se fizermos uma conta básica abrangendo um dia inteiro, é possível chegar ao número de 144 blocos por dia.
Como cada bloco emite, em média, 12.5 bitcoins, o estimado é de que até sejam minerados até 1.800 bitcoins por dia.
Qual é o limite para a emissão de bitcoins?
Como dito anteriormente, o criador do Bitcoin estipulou um número máximo de bitcoins a serem emitidos: 21 milhões. Quando a moeda foi lançada, cada bloco contava com 50 bitcoins, mas esse número vem sendo reduzido pela metade a cada quatro anos em um processo chamado de halving.
Isso significa que o número de surgimento de novos bitcoins será mais lento conforme a cripto se torna escassa. O cálculo é feito com base nas limitações do algoritmo da moeda, que, segundo o algoritmo, consegue elaborar suas operações até o máximo de 21 milhões.
Estipular um limite é importante para controlar a inflação, afinal, já se sabe qual será a quantidade máxima de moeda que poderá estar em circulação. Isso evita que se aconteça o que ocorreu com moedas de muitos países, inclusive o real.
Há alguns anos, os governos costumam financiar seus débitos emitindo moedas, o que, por sua vez, gera uma forte inflação. A regra é básica: quanto mais moedas em circulação, maior fluxo e, consequentemente, aumento de preços.
Como o halving influencia a quantidade de bitcoins
O processo de mineração do Bitcoin é reduzido a cada quatro anos pelo chamado halving, marca que a criptomoeda atinge ao completar 210 mil blocos emitidos. Ao atingir esse limite, é feito um corte pela metade na remuneração dos mineradores. Esse processo não impacta diretamente na oferta máxima, mas pode inflacionar o preço da criptomoeda.
O último halving do Bitcoin aconteceu em 2020, e o próximo está previsto para 2024. A emissão começou com 50 bitcoins em 2009, caindo para 25 BTC em 2012 e depois para 12,5 BTC em 2016. Em 2020, na última vez que aconteceu, o halving cortou a emissão de bitcoins para 6,25 BTC – e assim deve acontecer sucessivamente.
Existe a chance de o Bitcoin acabar?
Quando comparamos quantos bitcoins existem com a quantidade de outras moedas, como o próprio real ou o dólar, tendemos a achar que 21 milhões é muito pouco e que esse evento pode ser um risco para a existência do Bitcoin – ou mesmo para a sua valorização.
Porém, é necessário considerarmos o fracionamento dos bitcoins, que acontece de forma diferente das moedas tradicionais.
A maioria das moedas emitidas por bancos centrais é divisível por 100 (o centavo é a menor fração do real, por exemplo). Entretanto, cada Bitcoin pode ser dividido por 100 milhões, ou até oito casas decimais: a menor fração do Bitcoin e equivale a 0.0000001 BTC.
Dessa forma, os 21 milhões de limite de emissão podem ser divididos por muitas pessoas, sendo possível comprar várias pequenas frações ao longo de muitos anos. Por isso, além da questão sobre quantos bitcoins existem, precisamos levar em conta essas possibilidades de fracionamento da moeda para compreender que elas existirão por muito tempo.
O que deve acontecer quando o Bitcoin acabar?
Apesar de ser um futuro distante, ao entender quantos bitcoins existem, muitas pessoas passam a se questionar sobre o que acontecerá, de fato, quando esses 21 milhões de bitcoins se esgotarem. Há dois cenários possíveis:
No primeiro, mais pessimista, especialistas apontam que os mineradores poderão desistir da mineração, que se tornará inviável devido ao halving que explicamos anteriormente. Isso levaria a um processo de centralização, com possíveis efeitos negativos à rede Bitcoin.
Em outro contexto, este mais otimista, acredita-se que os custos relacionados à mineração se tornarão muito menores, graças à evolução da tecnologia, que fará com que mais pessoas se interessem pelo processo – ainda que ele ofereça menos bitcoins como recompensa.
Tecnologia como aliada no longo prazo
Quando os bitcoins acabarem, acredita-se que a tecnologia estará tão evoluída que não será mais necessário o trabalho dos mineradores na validação das transações. De qualquer forma, com a redução da moeda no mercado, a tendência é de um aumento do seu valor no longo prazo.
Vale lembrar que, apesar de ser 100% minerada, a criptomoeda não necessariamente se esgota ao fim da mineração. Afinal, a tendência é de que o Bitcoin – e outras moedas digitais – seja amplamente adotada pelos usuários para fins diversos e que permaneça em circulação independentemente de novas emissões.
Qual a relação desses dados com o investimento em Bitcoin?
Apesar de ainda existir uma reserva considerável de bitcoins, isso não significa que você deva esperar mais tempo para começar a investir na criptomoeda. Desde o seu lançamento, em 2009, o Bitcoin teve uma valorização expressiva – passando de apenas 5 dólares para mais de 200 em quatro anos.
Embora essa valorização tão rápida não aconteça mais, a cotação do Bitcoin se mantém em alta e quase sempre crescente à medida que mais interessados adotam a cripto em suas carteiras. O investimento em bitcoins ainda gera ganhos consideráveis e tende a crescer conforme a cripto se populariza em escala global.
Conclusão
Como é possível observar, compreender quantos bitcoins existem é importante para uma estratégia eficaz dos investimentos em criptomoedas. Ao traçar um futuro para o Bitcoin, fica mais fácil avaliar os caminhos e as expectativas que a cripto gera para o mercado – e também para os investidores.
Fato é que, quanto mais tempo você esperar para investir em bitcoins, menor a chance de lucrar com a valorização no longo prazo. Por isso, se você tem interesse nesse investimento, comece a estudá-lo agora mesmo.
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