O surgimento das criptomoedas chamou a atenção do mercado à medida que os ativos se provaram estruturas independentes e, principalmente, descentralizadas dos sistemas financeiros tradicionais. E um dos mecanismos responsáveis por essa disrupção é o processo de mineração das criptos, sendo o Proof of Work (PoW) o mais famoso.
O PoW é o modelo de consenso mais utilizado pelas criptomoedas, em especial pela mais conhecida: o Bitcoin (BTC). Altcoins como Litecoin (LTC), Dogecoin (DOGE), Bitcoin Cash (BCH) e Monero (XMR) também utilizam o protocolo.
Mas, afinal, como funciona o Proof of Work e por que esse método garante mais segurança para o processo de mineração das criptos? Confira todos os detalhes a seguir.
O que é Proof of Work?
Vamos começar pela parte teórica: Proof of Work é o nome dado ao processo de aprovação das transações em plataformas de criptomoedas. Traduzido para “prova de trabalho”, ele consiste em um mecanismo de validação de consenso que pode ser utilizado de forma direta pelos usuários da rede blockchain.
Ao utilizar o sistema da blockchain de determinada cripto, o PoW seleciona computadores aleatórios de usuários de criptomoedas de forma automatizada, formando um “nó” da operação. Dentro desses nós são resolvidos cálculos matemáticos e registradas as transações financeiras.
Ou seja, o Proof of Work é a base para a mineração de criptomoedas, processo que garante que as transações entre usuários sejam feitas com segurança, e também para a emissão de novas moedas.
Novos modelos de validação
O Proof of Work é, sem dúvidas, o mecanismo de validação mais utilizado nas redes blockchain, porém, não é o único.
Existe ainda o Proof-of-Stake (em português, prova de participação), que representa um mecanismo que dispensa a mineração de ativos. Nesse caso, as transações ocorrem de forma mais eficiente e com menos gasto de energia. Por esse motivo, o Staking é considerado o modelo mais sustentável de mineração para as criptomoedas.
- Saiba mais: O que é staking de criptomoedas
Por que o Proof of Work foi criado?
A ideia por trás do PoW surgiu muito antes das criptomoedas, mais precisamente em 1993, quando os cientistas Cynthia Dwork e Moni Naor pensaram em um método que pudesse criar uma identidade para diferenciar e-mails e spam.
A ideia por trás do desenvolvimento desse mecanismo era fazer com que os computadores tivessem que provar que gastaram determinado tempo para terminar a mensagem.
No universo da blockchain, o Proof of Work serve para legitimar o processo de transação entre usuários, além de ser base para a criação de novos ativos digitais. Sem o PoW, não seria possível validar e muito menos registrar as transações de criptos, tornando esses ativos sem valor.
Como funciona o Proof of Work?
Agora que você já sabe o que é PoW, fica mais fácil compreender a sua funcionalidade na prática. Se compararmos o mecanismo com uma empresa, podemos dizer que a prova de consenso funciona como um trabalho em equipe em que cada profissional realiza um tipo de trabalho, gerando uma cadeia organizada e eficaz de resultados.
No caso do Proof of Work, a “equipe de trabalho” é representada pelos nós que mencionamos anteriormente, ou seja, os computadores conectados na rede blockchain. Por meio desses nós são feitos cálculos matemáticos complexos que geram códigos exclusivos para cada tipo de transação, possibilitando que a atividade seja registrada e validada.
As máquinas que terminam o trabalho mais rápido são recompensadas com novas criptomoedas, fazendo com que o processo de mineração de muitos dos ativos conhecidos do mercado seja disputado entre usuários. Essa cadeia se retroalimenta, sendo base, inclusive, para a precificação dos ativos.
A recompensa é o combustível que mantém o interesse dos mineradores em continuar realizando esse trabalho que, por sua vez, alimenta toda a criação de novas criptomoedas.
Como a prova de trabalho garante a segurança
Afinal, como o Proof of Work garante maior segurança para as transações cripto? Calma, que a gente explica. Quando o mecanismo é acionado durante as transações entre usuários, o sistema da blockchain reconhece uma chave pública exclusiva e trata de proteger a rede de outras entradas desconhecidas.
Nesse caso, o algoritmo de prova de trabalho garante a segurança do registro distribuído e protege a rede de ataques de “gasto duplo” ao mesmo tempo que adiciona novos blocos de transação ao blockchain e gera recompensas em criptomoedas.
As principais criptomoedas que utilizam PoW
Bitcoin é a principal cripto do mercado a utilizar o mecanismo de PoW para emissão e validação das transações. Entretanto, não é a única.
Há diversas altcoins que utilizam o protocolo para gerar novas minerações, como:
- Bitcoin;
- Dogecoin;
- Litecoin;
- Bitcoin Cash;
- Monero;
- Ethereum Classic;
- Bitcoin SV;
- Zcash;
- Ravencoin;
- Dash.
Conclusão
Agora que você já sabe como funciona o Proof of Work e quais são as suas principais finalidades para o mercado cripto, que tal negociar ativos vinculados a esse processo?
Temos uma lista de criptomoedas para você negociar com base nas suas preferências. Dessa forma, você pode armazenar suas criptos em nossa wallet (carteira digital) com segurança e fácil acessibilidade.