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O Bitcoin vai acabar? Entenda sua quantidade finita

O Bitcoin vai acabar? Entenda sua quantidade finita

Será que o Bitcoin vai acabar? Entenda essa polêmica e descubra se ainda vale à pena investir na criptomoeda!

Santiago Juarros
Content Analyst
20/9/22

Como tudo que é novidade e diferente do que estamos acostumados, as criptomoedas também geram dúvidas, especulações e até boatos. E um receio bem comum, que impede algumas pessoas de investir, é saber se o Bitcoin vai acabar.

É verdade que o Bitcoin possui uma quantia máxima de unidades que podem ser mineradas, que é de 21 milhões. E, quanto mais se aproxima desse valor, mais difícil se torna a mineração.

Mas será que quando atingirmos a marca dos 21 milhões, o Bitcoin simplesmente irá acabar – e quem investiu perderá dinheiro? Continue lendo este artigo para descobrir!

O Bitcoin vai acabar?

A mineração do Bitcoin vai acabar. Afinal, ele foi projetado com o limite máximo de 21 milhões de moedas, que segundo as previsões, a expectativa é que isso ocorra por volta de 2140. Entretanto, a utilização e valor da moeda continuarão sendo realizadas.

Nesse sentido, a expectativa é que seu preço aumente ainda mais quando atingirmos o limite máximo da mineração. Isso porque, o Bitcoin será um bem escasso e a tendência desse tipo de item é que quanto mais raro, mais valioso ele será.

Qual a importância de um limite máximo de Bitcoins?

A produção e mineração do Bitcoin vai acabar, para que ela não passe por problemas econômicos de inflação. Essa determinação garante a liberdade da moeda para se autorregular através das regras do mercado, como a oferta e demanda.

Por ser uma criptomoeda descentralizada, ou seja, sem órgãos governamentais que a regularizem, a produção do Bitcoin perpassa por diversos processos diferentes das moedas comuns.

Para que um novo Bitcoin seja criado é preciso um processo que chamamos de mineração. Ele consiste, de forma bem básica, na capacidade de um minerador de resolver um problema matemático que registrará determinada transação na Blockchain. Normalmente, a Blockchain paga ao minerador “vencedor” um bloco de Bitcoins a cada 10 minutos.

Originalmente, cada bloco continha 50 Bitcoins. Em 2012, o número de Bitcoins por bloco foi reduzido pela metade. E essa redução pela metade ocorre a cada 4 anos, é o que chamamos de halving. Hoje, cada bloco minerado tem 12,5 bitcoins.

Assim, estima-se que haja em circulação atualmente cerca de 17 milhões de Bitcoins – e seu crescimento deverá ocorrer em um ritmo cada vez mais lento, graças ao halving. Por isso, que as previsões mostram que o último Bitcoin será minerado em 2140.

Essa estimativa é feita considerando a taxa de hashes, ou seja, de blocos que são minerados. Quanto mais mineradores ativos, mais rápida será a taxa de hash – e mais rápido o total de Bitcoins poderá ser minerado, quanto menos mineradores ativos, mais devagar o processo ocorre e mais distante ficamos do último Bitcoin.

Mas o que é a inflação?

A inflação é um problema econômico bastante conhecido, principalmente por parte dos investidores. E esse fator acontece quando determinado governo cria moedas de forma indefinida – existem, inclusive, dados históricos que mostram que, dependendo do governo, a inflação poderá se tornar descontrolada, como já ocorreu com o Brasil nas décadas de 80 e 90.

Como a mineração de Bitcoins vai acabar, isso não ocorrerá nunca. Pois, como a moeda é   criada e regulada pelo seu código, é impossível que um governo, banco central ou usuário crie Bitcoins sem ser pela mineração e nem lance no mercado Bitcoins em excesso.

21 milhões não é um número muito pequeno?

A mineração do Bitcoin vai acabar para gerar maior valor de moeda, conforme sua tecnologia e código foram programados.

Quando comparamos a quantidade máxima de Bitcoins com outras moedas que estamos acostumados, como o dólar ou o real, podemos achar que o limite de 21 milhões é muito pouco – o que causa certa insegurança em algumas pessoas.

Mas nesse caso é preciso pensar que o Bitcoin costuma ter um fracionamento muito maior que as moedas tradicionais. Em geral, as moedas que usamos são divisíveis por cem, por exemplo o nosso centavo de real.

No caso do Bitcoin, este fracionamento é muito maior, podendo chegar a casa dos cem milhões ou até 8 casas decimais. A menor fração de 1 BTC é chamada de Satoshi, em homenagem ao criador da moeda, e vale 0,00000001 BTC.

Na prática, isso significa que os 21 milhões máximos podem ser divididos por um número impressionante de pessoas e empresas, tornando o Bitcoin mais acessível. Afinal, mesmo que o valor de 1 BTC atinja cotações extremamente altas, ainda é possível que um investidor inicie comprando pequenas frações, como 1 satoshi.

E o que esperar do halving de 2020?

Embora não haja como saber ao certo o que ocorrerá, os analistas usam como base os halvings de anos anteriores. Quando olhamos para o passado vemos que, após os halvings, o Bitcoin teve uma valorização considerável, baseando-se na lei da oferta e da procura.

Como explicamos, a cada 4 anos, o número de Bitcoins por bloco ofertado aos mineradores cai pela metade – em um processo chamado de halving. Em 2020 teremos um novo halving. Quando ele ocorrer, a recompensa por bloco será reduzida para 6,25 Bitcoins.

Ou seja, mais pessoas procurando por Bitcoins e menos Bitcoins disponíveis no mercado. Como esse se tornou um bem mais escasso, o seu valor subiu.

Mas é claro que isso é apenas uma suposição, porque não há como prever com exatidão o cenário. Vários estudos têm sido feitos e os mais sensatos acreditam que o valor do Bitcoin cairá logo nos primeiros dias depois do halving e depois terá uma tendência crescente de valorização.

Isso porque, logo após o efeito, é esperado que alguns mineradores desliguem as suas máquinas, porque estará mais caro minerar. Esse é um processo comum e que ajuda o Bitcoin a estabilizar o seu preço. Com menos mineradores, a mineração se tornará mais fácil e consequentemente mais lucrativa, equilibrando o valor.

Quando a mineração atingir novamente um ponto de equilíbrio, mais mineradores devem voltar à ativa, equilibrando o sistema e ajudando a aumentar o valor de mercado do Bitcoin novamente.

Então, ainda vale à pena investir em Bitcoin?

É claro que sim. Mesmo com todas essas previsões e análises, a expectativa é que o valor do Bitcoin continue aumentando, principalmente quanto mais raro ele for se tornando.

Porém, é válido compreender que este é um investimento volátil. Como o preço do Bitcoin é regulado pelo próprio mercado (e não por um Banco Central, por exemplo), é comum existirem grandes oscilações – que precisam ser pensadas e avaliadas dentro de um contexto, sempre analisando quais são seus objetivos com o investimento.

Neste conteúdo, você viu que, em longo prazo, podemos dizer que o Bitcoin vai acabar – já que, em alguns anos, ele atingirá a marca das 21 milhões de unidades e será impossível minerar novos Bitcoins.

Mas isso não quer dizer que esse é um investimento ruim, afinal, mesmo quando não existir formas de minerar novos Bitcoins, a criptomoeda continuará sendo usada. E, ainda, será considerada um bem escasso, tornando-o ainda mais valioso.

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