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Como avaliar uma coleção de NFTs

Como avaliar uma coleção de NFTs

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Tim Balabuch
Content Creator
25/10/22

Os tokens não fungíveis (NFTs) continuam na mídia mesmo com o mercado de criptomoedas em baixa. Porém, a todo instante surgem novas coleções e projetos de NFTs, o que pode dificultar para os iniciantes nesse mundo o processo de escolha ou mesmo saber quais são os projetos que valem a pena acompanhar.

Muitos consideram essa tecnologia uma ótima oportunidade de investimento ou mesmo de trazer valor e utilidade para empresas e comunidades. Por isso, separei alguns indicadores e pontos importantes para você que quer saber mais sobre a qualidade de um projeto de NFT. 

Mas, primeiro, se você ainda não sabe o que são NFTs e como eles funcionam, sugiro que leia o artigo em que explicamos o seu conceito.

Vale lembrar que este texto não é uma métrica para investimento, mas sim um conteúdo para você entender um pouco mais sobre os fundamentos de um projeto.

Dados on-chain

Os dados on-chain são informações encontradas diretamente na blockchain. Como as coleções de NFTs estão registradas em redes blockchain, há vários dados úteis que podem ser encontrados sobre elas.

Um desses dados é o volume de negociações, que pode ser considerado um indicador importante da demanda do mercado por uma coleção específica. Volumes baixos de transações são normais em mercados em queda, mas também podem indicar que a coleção está sem tração.

Outro dado importante a ser analisado é a quantidade de NFTs da coleção que estão listados ou estão à venda. Uma quantidade baixa pode significar que a comunidade não quer se desapegar de seus NFTs, o que geralmente resulta em um preço de tela positivo. Mas quando há uma grande quantidade de NFTs à venda, isso pode indicar um desinteresse do público e que as ideias propostas pela coleção não são boas o suficiente para manter os seus membros ativos e segurando esses tokens não fungíveis.

Os proprietários únicos também são um indicador muito relevante no contexto das coleções de NFTs, sendo eles a porcentagem de endereços presentes em uma coleção. Vamos pegar, por exemplo, a coleção BEANZ: ela possui 36% de proprietários únicos, o que é um número relativamente baixo e pode indicar uma concentração dos NFTs na mão de algumas pessoas.

Comunidade

Muito tem se falado sobre as comunidades no contexto da Web3 e já era de se esperar que esse fosse um assunto relevante — e essencial — quando se fala em NFTs, pois as grandes coleções de NFTs que temos atualmente são baseadas em comunidades fortes e ativas.

A comunidade é um ponto que pode ser analisado com certa facilidade. Para isso, basta olhar as redes sociais de um projeto, mas aqui há um detalhe importante: não são somente os números de seguidores ou inscritos que devem ser analisados, mas sim o quanto dessas pessoas são, de fato, ativas. Isso também vale para o Discord, que é uma plataforma frequentemente usada pelas comunidades de NFTs para se organizarem.

Uma comunidade forte não se mede apenas e exclusivamente por números, mas pelo quanto ela é realmente ativa. E uma comunidade ativa não é aquela que tem discussões sobre preço e como lucrar com NFTs, mas aquela que dialoga sobre a utilidade daquela coleção e o que ela se propõe a fazer — o que nos leva ao próximo tópico.

Utilidade

A utilidade é um dos tópicos mais importantes quando falamos em coleções de NFTs. Se engana quem acha que os tokens não fungíveis são apenas JPGs que qualquer um pode tirar print. Hoje, eles são usados para dar acesso a eventos, para a compra de itens físicos, para conteúdos exclusivos e até para tomada de decisões.

Um bom indicativo é a coleção saber aproveitar as utilidades que esses tokens podem trazer para envolver a sua comunidade. Dessa maneira, a famosa coleção Bored Ape Yacht Club deixou de ser apenas imagens de macacos e passou a criar eventos exclusivos e a oferecer prêmios para quem fosse holder (detentor) de um de seus NFTs. 

Preferência pessoal

Aqui está um ponto que não é muito abordado. A preferência pessoal é algo importante dependendo de como você quer entrar no universo dos NFTs. Esse indicador não é voltado  apenas para a questão estética da coleção ou o seu assunto de interesse, mas também para a parte de o que a coleção se propõe a fazer. Atualmente, temos coleções de NFTs que focam em projetos sociais, criação de conteúdos, eventos presenciais, entre tantas outras coisas.

Se você quer explorar esse universo de NFTs, escolher algo que faça sentido e que se encaixe nas suas preferências pode ser importante. Mais interessante do que seguir tendências é seguir o que faz sentido para cada um individualmente.

Conclusão

Vale lembrar que os pontos trazidos aqui podem ser ótimas dicas para entender melhor os fundamentos dos projetos de NFTs, mas não para tomada de decisões especulativas com relação a seus preços. 

Os NFTs são uma tecnologia nova, que deve ser explorada com os devidos cuidados. Por isso, analisar os dados on-chain, a comunidade, a sua utilidade e como a sua preferência pessoal se encaixa em tudo isso pode ser fundamental para entender melhor os reais benefícios das comunidades e das coleções de NFTs.