Um lançamento marcado por polêmica e volatilidade
Em 1º de setembro de 2025 foi lançado oficialmente o World Liberty Financial (WLFI), token impulsionado pela família Trump, listado nos principais exchanges. Desde o início, o projeto gerou enorme repercussão midiática e um forte volume de negociações: começou cotado em torno de US$ 0,40, mas rapidamente caiu para a faixa de US$ 0,20, em meio a uma onda especulativa que levou sua capitalização a superar US$ 6 bilhões, colocando-o entre as 25 maiores criptomoedas já no primeiro dia.
Em 8 de setembro de 2025, o WLFI era negociado próximo a US$ 0,219, com valor de mercado em torno de US$ 5,5 bilhões, permanecendo dentro do top 30 global.
O modelo por trás do projeto
O WLFI é emitido pela World Liberty Financial, companhia na qual a família Trump detém 60% de participação e recebe 75% das receitas provenientes da venda dos tokens. Esse nível de centralização significa que as principais decisões, de desbloqueios a votações futuras, dependem em grande parte da estrutura de poder da própria família.
No lançamento, apenas 20% dos tokens foram liberados, enquanto os 80% restantes ficaram bloqueados, sujeitos a aprovações posteriores. Isso gerou, por um lado, um mercado líquido e com tração imediata; mas, por outro, trouxe o risco de vendas massivas capazes de impactar fortemente a cotação.
Outro ponto crítico é a falta de transparência nas tokenomics: o Gold Paper oficial detalha apenas percentuais de alocação, sem informações claras sobre vesting. Para entender a mecânica real, analistas precisam investigar diretamente os smart contracts do $WLFI.
Grandes nomes envolvidos
O apelo do WLFI não se apoia apenas no peso político e midiático da família Trump. O projeto também atraiu investidores de alto perfil:
- Aqua1, fundação sediada nos Emirados Árabes, investiu US$ 100 milhões.
- Justin Sun, criador da Tron, aportou em duas rodadas, US$ 30 milhões e US$ 45 milhões, tornando-se um dos maiores investidores individuais. Nesta semana, porém, sua wallet foi bloqueada pela própria World Liberty Financial após movimentar cerca de US$ 9 milhões em WLFI. O episódio levantou dúvidas sobre o poder do projeto de congelar ativos de grandes investidores. Sun classificou o bloqueio como “irrazoável” e pediu publicamente o desbloqueio dos tokens, o que coincidiu com uma queda acelerada no preço do WLFI.
Riscos e controvérsias
Apesar da repercussão, o WLFI enfrenta um cenário desafiador:
- Hackers iniciais a contas de usuários e furtos de tokens recém-comprados colocaram em xeque a segurança da rede.
- Conflitos éticos e políticos são levantados por analistas e reguladores, já que o projeto é controlado por um ex-presidente dos EUA e seu círculo próximo.
- A alta concentração de tokens reforça o risco de volatilidade e manipulação de mercado.
O que esperar de WLFI daqui pra frente?
- A trajetória do WLFI está apenas começando e, como em muitos projetos cripto recém-lançados, volatilidade e especulação dominam a cena. A forte presença midiática, o interesse de investidores institucionais e o peso da marca Trump tornam o ativo impossível de ignorar.
- Por outro lado, a concentração de tokens, os incidentes de segurança e a incerteza regulatória exigem cautela.
- Mais do que uma “aposta segura” ou uma “bomba-relógio”, o WLFI é um exemplo de como as criptomoedas podem combinar inovação financeira, influência política e risco em doses iguais.
Para quem acompanha o ecossistema de perto, vale observar sua evolução com atenção, lembrando sempre que o projeto ainda está em uma fase muito inicial.
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