Criado em 2014, o Tether (USD₮) é uma criptomoeda que inicialmente era chamada de RealCoin. Foi criada pelos americanos Brock Pierce, Craig Sellars e Reeve Collins, que tinham o desejo de criar uma moeda 100% digital com o mesmo valor do dólar. Com isso, é possível inferir que a origem do Tether se deu basicamente pela vontade deles de acompanhar a tendência mundial de digitalização das formas de pagamento.
Porém, em comparação com as outras criptomoedas que trazem consigo a possibilidade de uma grande valorização e ganhos financeiros, quem investe no Tether não tem a mesma chance. Isso porque, como o valor dessa criptomoeda está integralmente atrelado ao valor do dólar americano, as probabilidades de uma valorização como a sofrida pelo Bitcoin, por exemplo, não existem.
Realmente, o Tether tem diversas particularidades, especialmente quanto a como seu valor é determinado. Abaixo, vamos falar um pouco mais sobre seu histórico, como comprar esse token e para quê ele pode ser usado. Além disso, vamos te apresentar algumas alternativas mais rentáveis para você comprar e quem sabe desfrutar de grandes lucros a longo prazo.
Tether coin: história da criptomoeda
Como comentamos, o Tether foi lançado no mercado em 2004, sendo integrado ao sistema blockchain. Brock Pierce, Craig Sellars e Reeve Collins – seus criadores – eram, respectivamente, um ex-ator, um desenvolvedor e um empresário. Por essa combinação inusitada, é possível afirmar que a própria origem já trouxe consigo algumas dúvidas sobre esse criptoativo. E, de fato, a história dessa moeda não é uma das mais tranquilas.
Por ter seu valor de mercado determinado por uma moeda centralizada (no caso, o dólar americano) e não surgir através da mineração, o Tether é considerado uma stablecoin, o que, em tradução literal, significa “moeda estável”. Porém, para que sua circulação seja permitida, é preciso que a empresa que a emite (a Tether Limited, no caso) mantenha em seu caixa a mesma quantidade de Tethers em dólares. Ou seja, hipoteticamente, se houvesse 100 Tethers em circulação, a empresa precisaria ter 100 dólares no caixa como um backup. Isso, no entanto, foi uma das origens de uma das maiores polêmicas envolvendo esse criptoativo.
Em 2018, a Tether Limited não completou a auditoria necessária para confirmar para o governo dos Estados Unidos que havia dólares suficientes em caixa para suportar a quantidade de Tethers emitidos. Com isso, segundo notícias do portal FX Empire, houve até mesmo especulações de que eles tinham inflado dados do ano anterior, algo que vai contra as obrigações da empresa enquanto viabilizadora de uma stablecoin.
Por alguns meses, a empresa seguiu afirmando que havia dólares suficientes atrelados à criptomoeda. Isso, porém, não foi muito longe. Em fevereiro de 2019, a empresa admitiu que, na realidade, havia apenas uma fração do Tether em circulação sendo, de fato, sustentada por dólares na posse da empresa. As demais unidades estariam, supostamente, sendo mantidas por reservas de terceiros, além de outras posses não necessariamente monetárias.
Essa polêmica e falta de transparência são apenas um exemplo resumido de bons anos de controvérsia que acompanham essa criptomoeda. Para os entusiastas de criptomoedas mais “conservadores”, que buscam um pouco mais de segurança, esses acontecimentos podem ser uma boa razão para passar bem longe do Tether.
Para quê serve o Tether?
Por ter um baixo valor de mercado e chances mínimas de valorização extrema, a função principal do Tether é ser usado para compras online e em outros estabelecimentos que o aceitem. Portanto, caso o seu objetivo primário seja investir em criptomoedas pensando em ganhos a longo prazo, essa não é a melhor alternativa para você.
Alternativas ao Tether
Se o Tether é uma opção ruim para investidores em criptomoedas, quais são, então, as opções mais adequadas? Simples: são aquelas criptomoedas 100% descentralizadas, cujo valor não é diretamente afetado por moedas fiduciárias (ou seja, moedas controladas por uma instituição ou um governo). Alguns nomes de criptomoedas que podem ser boas alternativas são o Bitcoin e a Litecoin, conforme explicamos um pouco abaixo.
Bitcoin
Comprar Bitcoin é, geralmente, o primeiro pensamento que vem quando alguém decide investir no mercado de criptomoedas. Afinal, esse token foi o pioneiro, sendo, por si só, um grande caso que mostra o quanto é possível enriquecer a longo prazo, a partir da compra da criptomoeda certa.
Atualmente, em setembro de 2021, o valor da unidade do BTC já passa de R$ 200 mil. No entanto, há especialistas que afirmam que a moeda ainda promete crescer muito. Outra boa notícia é que, para começar a investir nela, é possível comprar apenas frações – aqui, na Ripio, por exemplo, você já pode dar seus primeiros passos com apenas R$ 10.
Litecoin
Outra opção do mercado é a Litecoin, uma altcoin – ou seja, uma alternativa à primeira criptomoeda da história – com uma lógica praticamente idêntica a do Bitcoin. Porém, no momento, o valor de cada unidade está por volta de R$ 700, o que, apesar de não ser exatamente baixo, já torna a compra de uma unidade completa bem mais viável.
A esperança de quem investe na Litecoin é que ela siga os passos do criptoativo que a inspirou e se valorize estrondosamente nos próximos anos. Porém, claro, como em qualquer investimento, não há garantias de que isso vá acontecer.
Como comprar Tether?
Se, mesmo com as polêmicas e incertezas, você escolher prosseguir com essa compra, é importante pontuarmos que, hoje em dia, poucas exchanges brasileiras realizam a comercialização do token USD₮. Portanto, será necessário fazer uma boa pesquisa para entender as formas mais seguras de fazer essa transação.
De forma geral, o aspecto mais interessante que o Tether traz consigo é o fato de ele ser mais um sinal de que o futuro do dinheiro é realmente digital. Quem sabe daqui alguns anos não teremos também uma alternativa digital ao real para realizarmos as nossas compras em qualquer estabelecimento? Ou quem sabe mais lojas não passem a aceitar criptomoedas descentralizadas? Bom, isso apenas o futuro responderá.
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