O contrato futuro é a compra e venda entre dois investidores com um preço e data pré-definidas. Este instrumento é muito comum no mercado de commodities (petróleo, soja, milho, ouro), moedas emitidas por governos e ações de empresas, incluindo os fundos de índices (ETF).
Essa negociação ocorre no mercado de derivativos e, usualmente, o ativo-fim fica de fora da operação, sendo uma aposta meramente especulativa. Ao final do contrato, a ponta ganhadora sai com um lucro na operação, que é pago pelo perdedor.
Em resumo, todo contrato futuro precisa de um comprador e um vendedor com o mesmo montante. Além disso, a operação pode ocorrer em mercados regulados. Os contratos futuros de Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH) são ofertados na Bolsa de Valores de Chicago (CME).
O que é mercado futuro?
O mercado futuro é um contrato de negociação que não envolve a troca imediata do ativo-fim. Dessa forma, ambos os participantes entram em acordo sobre um prazo (exercício) e um preço futuro, sem necessariamente envolver a entrega do ativo ao final do contrato.
No momento inicial da negociação, ambos os lados depositam uma margem de garantia — uma espécie de cheque-caução — que seja suficiente para arcar com eventuais prejuízos. Cabe ao agente intermediário, usualmente a Bolsa de Valores, administrar esses depósitos.
O comprador espera que, ao final do período decidido, o ativo-fim seja negociado por um valor igual ou superior ao combinado. Do outro lado, o vendedor do contrato futuro lucra quando ocorre a queda do preço do ativo-fim.
Por que existe um mercado futuro?
Vamos utilizar um exemplo para ilustrar esse ponto. No setor da agroindústria, um criador de gado quer evitar o risco da oscilação do preço do milho. Na outra ponta, um produtor de milho deseja assegurar o preço das suas vendas futuras. Nesse caso, o negócio é mutuamente benéfico, pois “travando” o preço para os meses seguintes, ambos conseguem gerenciar melhor os riscos dos seus negócios.
Outra vantagem deste mercado é a possibilidade de uso da alavancagem, pois os participantes depositam apenas uma parte do valor do contrato como garantia. Isso permite uma negociação de valores acima do montante depositado.
Como funciona o mercado futuro de Bitcoin e Ethereum?
Ao negociar no mercado futuro de Bitcoin e Ethereum, os participantes apresentam ganhos ou perdas diárias conforme a variação da cotação dessas criptomoedas. Existe uma apuração de perdas e ganhos feita pela Bolsa de Valores que é conhecida como “ajuste diário”.
Cabe ressaltar que a Bolsa apenas registra a transação e administra os depósitos de garantia, não sendo uma parte envolvida no negócio. No contrato futuro de Bitcoin e Ethereum na CME de Chicago, por exemplo, as corretoras de valores (brokers) são responsáveis por depositar as garantias de seus clientes finais.
Como ocorre a negociação no mercado futuro de Bitcoin e Ethereum?
Tudo se inicia com a escolha do ativo-fim, do prazo de vencimento e da quantidade de contratos. Cada Bolsa de Valores define o tamanho do contrato, que, no caso das criptomoedas, costuma variar entre US$ 1 a US$ 100 ou determinada unidades de BTC/ETH.
Em seguida, ambos os lados depositam uma margem de garantia, que varia entre 5% a 50% do valor total acordado entre as partes. Esse percentual é previamente informado pela Bolsa de Valores e é ajustado conforme a oscilação média diária da cotação do ativo-fim.
Se, no vencimento, o preço do ativo-fim nos mercados tradicionais estiver abaixo do valor acordado no contrato, o vendedor sai com o lucro da operação. Esse valor é calculado multiplicando o número de contratos negociados pela diferença na cotação.
De onde sai o lucro do contrato futuro de Bitcoin e Ethereum?
Esse mercado é de soma zero, ou seja, se um lado ganhou, necessariamente o outro perdeu. Caso a margem depositada por um dos participantes seja insuficiente para cobrir os lucros, ocorre a liquidação forçada, que é o encerramento das posições, travando, assim, o prejuízo de uma das partes e o ganho da contraparte.
Por esse motivo, o contrato futuro apresenta riscos, tais como: a correta administração das garantias pela Bolsa de Valores, eventuais falhas ou atrasos na coleta do preço do ativo-fim no mercado tradicional, e até mesmo a solvência dos agentes intermediadores.
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