Em alguns países, os preços aumentam todos os dias e em todas as áreas. Atualmente, ninguém fica de fora da inflação, que se tornou um tema recorrente das conversas junto com o futebol, o trânsito, o tempo e as séries de televisão.
No entanto, apesar de ser um assunto frequente, é comum termos dúvidas sobre este termo e índice econômico que pode afetar (e muito) a vida cotidiana com a qual estamos acostumados.
O que é inflação
A inflação é o conceito que define o aumento permanente dos preços dos produtos e serviços de uma economia — geralmente, a de um país — durante um determinado período.
Este fenômeno faz com que o valor da moeda local diminua a cada mês, já que um trabalhador com a mesma quantidade de dinheiro do mês anterior não consegue mais comprar e pagar pelos mesmos bens e serviços que usualmente precisa no mês seguinte.
Portanto, a inflação é um fenômeno econômico, laboral, produtivo e financeiro que afeta e também depende das esferas política e social. E ela até mesmo acaba influenciando a qualidade de vida das pessoas, a matriz laboral e produtiva do país e a utilização dos recursos públicos.
Como se mede a inflação
O aumento dos preços das mercadorias e dos serviços em uma economia é frequentemente resumido por um número percentual que indica uma taxa de aumento mensal ou anual — mas, em alguns casos, como na Austrália, os resultados são trimestrais.
Quando se diz que "a Itália teve uma inflação de 8% em 2023" ou que "a Argentina tem uma inflação mensal de 7%" não se trata verdadeiramente de uma medida de inflação, mas de um índice que indica o aumento médio do preço de muitas coisas diferentes, como: um litro de leite ou de gasolina, um quilo de pão ou de cimento, ou uma assinatura de internet.
Na verdade, a inflação ocorre quando a variação de preços é constante — ou seja, quando o aumento continua mês após mês. E esse índice ajuda a ver o comportamento dos preços, a compreender a tendência do mercado e a identificar uma inflação significativa.
Porém, esse resultado não é apenas um processo do mercado, pois afeta a vida das pessoas, a previsibilidade de suas ações, as suas poupanças econômicas, o seu poder de compra, a quantidade e a qualidade das coisas que podem comprar, e também o que elas podem fazer no seu tempo livre, já que se há aumento nos preços, mas não há aumento de salário, a alternativa para poder ter renda e comprar itens essenciais acaba sendo procurar um segundo emprego ou trabalhar por mais horas, por exemplo.
Índice de Preços ao Consumidor (IPC)
Os índices de preços ao consumidor, portanto, medem a variação dos preços de bens e serviços de uma área específica em comparação com os preços do mês/ano anterior ou do mês/ano base.
No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) produz dois importantes índices de preços:
- o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços, e é considerado o índice oficial da inflação pelo governo federal brasileiro;
- e o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que mede o poder compra dos salários através dos preços da cesta de consumo da população assalariada com baixo rendimento.
Por que os preços sobem?
Em termos gerais, existem dois tipos de inflação, ou seja, dois contextos em que os preços sobem: cenário de atividade econômica, em que a demanda, o emprego, o consumo, a indústria e o comércio crescem; e o cenário das economias em que existe uma oferta monetária excessiva.
Inflação por atividade econômica
Quando a economia de um país está muito ativa, a demanda aumenta em muitas áreas de consumo, o que leva a uma maior utilização de matérias-primas e de mão-de-obra. Assim, frequentemente, os fabricantes, empresários e prestadores de serviços transferem o aumento dos seus custos para os consumidores, aumentando os preços.
Nesse cenário, como a procura é elevada, os fabricantes e prestadores de serviço asseguram que o produto ou serviço continuará a se vender bem apesar do aumento. Além disso, se os salários aumentarem paralelamente à alta dos preços, os trabalhadores podem continuar a pagar por esse produto.
Mas, embora não dê para sentir, essa mistura gera uma pequena inflação que faz parte de qualquer economia de mercado ativa, na medida em que se baseia na utilização, no consumo, na expansão econômica e na possibilidade de mais pessoas comprarem bens e pagarem serviços. Este tipo de inflação existe em lugares onde o índice de preços não ultrapassa, normalmente, alguns pontos percentuais por ano.
Inflação por emissão monetária
Outro fator que frequentemente conduz à inflação é o crescimento excessivo da oferta monetária — o chamado "abuso da impressora", que é o abuso do poder do Estado nacional em imprimir notas.
Através dos bancos centrais, todos os governos aplicam medidas monetárias e fiscais para controlar a inflação, estimular o consumo e reativar algum setor produtivo do seu país. Algumas dessas medidas podem ser um ajuste na taxa de juros, a regulação no acesso ao crédito ou até o controle da oferta da moeda.
Mas quando a disponibilidade excessiva da moeda não é acompanhada de alguns outros fatores, como, por exemplo, crescimento das ofertas comerciais e industriais; matriz produtiva; acesso às matérias-primas e possibilidades de investir ou começar a produzir, esse dinheiro é despejado no consumo.
Dessa maneira, o mercado muda os seus preços sem ter uma base de fundamento apropriada, o que gera uma inflação infundada e prejudicial que promove a especulação e se torna altamente dependente do humor social e das declarações políticas.
Como se proteger da inflação
Quando uma economia está mergulhada em longos e fortes processos inflacionistas, torna-se essencial proteger o poder de compra, a poupança e o valor acumulado.
Em teoria, perante tal cenário, os governos utilizam os instrumentos do Estado e tomam decisões destinadas a neutralizar a inflação, como aumentar as taxas de juros a longo prazo, oferecer obrigações e subsídios, e lançar programas de controle de preços. Essas medidas, às vezes, travam os aumentos, mas, às vezes, apenas os aceleram.
Uso de moeda estrangeira
Nas economias bimonetárias, em que o dólar é uma referência permanente — como é o caso da Argentina, onde, para além da inflação elevada também há uma desvalorização permanente do peso argentino face à moeda americana —, muitas pessoas optam por se refugiar no dólar, justamente por ele ser a moeda fiduciária que continua a ser referência mundial para o comércio e as finanças.
Alguns exemplos de como as pessoas utilizam o dólar para se proteger da alta inflação são:
- Converter o valor de suas poupanças para o dólar;
- Comprar dólar com o dinheiro excedente que possuem ao invés de manter esse valor em sua moeda local;
- Comprar dólares para os trocar de volta dentro de um curto período, obtendo, assim, uma margem de lucro.
No entanto, há países onde a compra de moeda estrangeira é muito restrita.
Uso de stablecoins
As stablecoins com o seu valor pareado no dólar, como USDT, USDC e DAI, são uma ótima alternativa para uma pessoa proteger a sua economia contra a combinação de inflação (aumento sustentado do preço dos bens e serviços) e desvalorização (perda de valor da moeda local face ao dólar), uma vez que oferecem garantias de estabilidade semelhantes às do dólar, mas com menos restrições.
Essas criptomoedas podem ser utilizadas em qualquer lugar e horário, e permitem contornar as restrições de compra de moeda estrangeira, uma vez que, tecnicamente, não são dólares, mas sim tokens com um valor estável de US$ 1.
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