A Metamask alcançou o status de carteira DeFi mais utilizada no mundo. O grande sucesso dessa solução vem impactando fortemente o mundo das tecnologias voltadas às finanças descentralizadas. Por isso, quem quer fazer parte do mundo cripto deve entendê-la e considerá-la. Então, vamos saber tudo sobre a Metamask?
O que é a Metamask?
É uma plataforma desenvolvida especificamente para o ecossistema DeFi que liga navegadores normais de internet à blockchain Ethereum. Assim, seja pelo uso desses browsers compatíveis, seja por meio do aplicativo da Metamask, é possível gerir uma carteira de criptomoedas que suporta tokens baseados em ETH, ERC-20 ou ERC-721, além do próprio ETH. Ou seja, a questão aqui é, em boa medida, a funcionalidade.
Então, conceitualmente, a carteira Metamask pode ser definida como uma hot wallet. Aliás, esse termo também é conhecido no Brasil por sua tradução, ou seja, carteira quente. A característica principal desse tipo de carteira é permitir aos seus usuários a realização de transações de maneira rápida e confortável. Isso é possível por permanecerem sempre conectadas à internet e à rede blockchain para a qual elas são criadas.
Contudo, a Metamask wallet se distancia em alguns aspectos em relação às demais carteiras quentes, como veremos ao longo do texto. A solução criada pela Consensys, mesmo sendo Ethereum por padrão, tem o diferencial de armazenar tokens de outras redes, como a Fantom (FMT). Ao comportar duas redes em um único endereço, acrescenta praticidade e velocidade à vida de seus usuários.
Como funciona a Metamask?
Com a entrada no mundo cripto, investidores e traders precisam entender duas coisas. Primeiro, quais movimentos no mercado lhe colocarão em alinhamento com os seus objetivos; e, segundo, como executar esses movimentos. No caso da Metamask, esse segundo ítem fica facilitado. Com um grande esforço para garantir uma interface intuitiva e dinâmica, a Metamask se propõe a deixar com o usuário concentrado em “o que” fazer.
A interface da plataforma dá acesso facilitado ao endereço público da carteira para o seu dono. Ali, ele poderá, com poucos cliques, agir. E como se pode ver rapidamente pela interface, são três as principais possibilidades: comprar, enviar e trocar ativos.
A compra de ativos
É importante salientar que, antes de executar qualquer uma dessas ações, você precisa de fundos na carteira. Então, para começar, você deve fazer um aporte em moeda fiduciária. Na carteira Metamask, você terá duas opções de conversão para a ETH: processador de pagamentos Wyre ou transferência usando um endereço blockchain. Ou, ainda, se você já tiver uma conta com alguma ETH, pode depositar na Metamask.
Vale pontuar que poucas pessoas têm Wyre. E, se você está começando, esse certamente é o seu caso. Além disso, a Metamask só aceita dólares na compra das criptos. Assim, a compra realizada em uma exchange tende a ser uma escolha mais confortável. Por isso, você deve entender como escolher a melhor plataforma de criptomoedas.
No que se refere a investidores e traders avançados, que já trabalham com exchanges, é preciso ter em mente algumas diferenças de operação na Metamask. Isso porque na conta na exchange, o dono não possui sua chave privada, o que se configura em uma carteira de custódia. Diferentemente disso, na Metamask trata-se de um uma carteira sem custódia, na qual o dono possui chave privada.
Enviando criptomoedas
Retomando as operações possíveis dentro da Metamask, temos a opção de enviar criptomoedas para outras carteiras. A opção é autoexplicativa e, para ser operada, é preciso apenas conhecer o endereço público da carteira de destino e se a rede é compatível. Simples de entender, mas merece atenção na execução.
Tenha em mente que a Metamask é compatível com Ethereum, sendo possível, a partir dela, interagir com os todos os protocolos da moeda e com os principais protocolos DeFi. É uma ferramenta altamente abrangente, inclusive. A interação com mais de 200 plataformas e aplicações diferentes de forma simplificada é justamente um de seus diferenciais. Ainda assim, essa carteira DeFi não suporta moedas importantes, como o caso da Polkadot.
Tal cenário, de quase onipresença, é propício para, em caso de desatenção, um problema que pode gerar perdas importantes. Trata-se do envio de um token para uma carteira que não está habilitada a receber tokens do tipo que está sendo enviado. Quando isso acontece, a operação não é validada e a criptomoeda desaparece.
O Swap
A opção Swap é utilizada para viabilizar trocas. Elas podem ter objetos e objetivos bastante distintos. Por exemplo, para além de sua aplicação mais esperada intuitivamente, ou seja, trocar moedas, essa prática também oferece a possibilidade de entrar em miniecossistemas por meio da troca de ETH por tokens.
Por que usar a Metamask?
São elencados como motivos para a utilização da Metamask, sobretudo, a fácil usabilidade que promete e a possibilidade de integração que oferece. E esses já estão claros até aqui. Mas outros pontos também são mencionados: reduzir (ou até fugir de) taxas, ter alternativa para saques, manter ativos offline, utilizar a interface sem ter de inserir chaves e interagir por meio de pools de liquidez.
Como já mencionamos, a Metamask pode ser entendida como uma interface que torna ambientes do mundo cripto acessíveis e amigáveis a partir de browsers convencionais ou da interface de seu aplicativo. Pois bem, um ponto importante para isso é a relação possível entre essa ferramenta e os dApps do universo Ether. Para quem não lembra, dApps são aplicativos desenvolvidos com base em uma blockchain.
No caso dos dApps da Ethereum, há um vasto e crescente leque de opções, que vão de marketplaces a jogos. Mas o que talvez mais se destaque como possibilidade de uso seja fazer staking em um pool de liquidez. Em resumo, essa prática pode ser descrita como o recebimento de uma parte a partir da troca de tokens. Mas vale a pena se aprofundar no tópico e entender mais amplamente o que é Staking em criptomoedas.
Conclusão
A Metadask tem mais de 5 milhões de usuários. Uma comunidade ativa, cheia de tutoriais. Mas também é alvo de ataques, motivo pelo qual, caso você tenha interesse, para não tomar golpe, deve buscar o contato de canais oficiais. Desconfie de perfis de suporte presentes em redes sociais. Cuidado com os scams.
Por fim, siga lendo sobre o tema e estudando. O mundo das criptomoedas tem diversas ferramentas para facilitar a vida dos investidores e traders, mas apenas o conhecimento pode oferecer um caminho sólido.