O BAL é um criptoativo bastante específico e diferente de outros. Ele serve de governança para o protocolo Balancer, uma ferramenta que vem ganhando destaque. O Balancer é um AMM desenvolvido no blockchain do Ethereum e inverte a lógica tradicional dos fundos de investimento. Com ele, é possível receber taxas ao reequilibrar os seus ativos ou ainda perseguir automaticamente melhores oportunidades. Como é possível? Vamos explicar neste texto!
O protocolo Balancer
Para começar a explicar o Balancer, vale retomar o conceito em que ele se enquadra: o AMM. Trata-se do Automated Market Maker (AMM), que, em português, pode ser traduzido como "criador de mercado automatizado". Ou seja, nada mais é do que um robô capaz de fazer o trabalho para você.
É claro que a premissa é simples, mas a verdade é que o Balancer é um complexo protocolo de lucratividade de aplicações que abalou o mundo das finanças descentralizadas. Isso por sua automatização ser voltada a rentabilizar e rebalancear o seu capital, o que não é tarefa fácil. Ou seja, é uma forma inovadora de cuidar dos seus ativos, que vem dando resultados expressivos e avançando em relação a outras soluções semelhantes do mercado.
Balancer: equilíbrio no mundo crypto
Para começar, o protocolo Balancer carrega uma característica bastante difícil de se encontrar: atende tanto o investidor quanto o trader. Isso porque a mesma estrutura oferece a possibilidade de vantagens relacionadas com a renda passiva e com oportunidades de baixo preço de compra.
Tudo isso se dá a partir da gestão automatizada do portfólio, o que é incrível para quem tem vários criptoativos. Essa gestão, aliás, não só não é paga, uma vez que não há uma pessoa gestora que precise ser remunerada, como ainda oferece recebimento por prover liquidez ao mercado. É uma forma absolutamente inovadora de encarar a necessidade constante de ajustar a carteira conforme os objetivos respectivos de cada um e ainda considerando o cenário naquele momento.
O desequilíbrio dos portfólios, como todos sabem, poderia ser um problema. Mas, por outro lado, pode gerar grandes oportunidades. Reside aí a capacidade de encontrar essas oportunidades, possibilitando àquele que tem interesse em comprar por um preço menor, mesmo tendo que pagar uma taxa de compra, uma investida vantajosa.
Então, resumindo, todos saem ganhando. O bom preço é o trunfo de quem compra. Gestão passiva de portfólio gratuita e coleta de taxas são os resultados de quem coloca os ativos. A adequação dos diferentes objetivos que compõem um mesmo cenário constrói o equilíbrio, ou melhor, a busca pelo balanceamento.
O Balancer na prática
Conceitualmente, entendemos que esse AMM permite criar ou adicionar liquidez a manipulações de mercado. E, em paralelo a isso, ganhar taxas personalizáveis de negociação. Mas, para entendê-lo na prática, precisamos ampliar as noções sobre sua operação.
O Balancer (BAL) é um token Ethereum que capacita o protocolo Balancer. Ele oferece tudo o que já foi explicado usando os chamados pools de liquidez e oferecendo capacidade de câmbio descentralizada. Cabendo destacar que a Bal Coin tem um mecanismo de consenso que define que ela não pode ser minerada. Ou seja, você não pode cunhar as moedas com nenhum algoritmo. Para entender melhor esse aspecto e como a mineração funciona em outros casos, leia nosso texto sobre Staking em criptomoedas.
Tipos de pools
Vamos conhecer os tipos de pools que compõem o protocolo. Eles são espaços de armazenamento dos recursos injetados pelos provedores de liquidez e podem armazenar mais de 50 tokens. A propósito, se você busca sempre novas oportunidades e quer manter a sua carteira variada, deve estar atento aos novos criptoativos que aparecem como boas oportunidades, como o caso da Polkadot. Retomando aos tipos de pools, eles se dividem em três tipos.
Pools privados: nesse tipo, o dono tem permissões totais sobre o pool, definindo tokens e pesos. E é apenas esse criador quem acrescenta liquidez. Trata-se de uma opção frequentemente utilizada por aqueles que não querem liquidatários externos, evitando, assim, grandes quantias.
Pools compartilhados: a governança desses pools é rastreada pelo Balancer Pool Token (BPT) em decorrência de que qualquer um pode acrescentar liquidez. Tal abertura é permitida a partir de tokens estáticos, com ponderações e taxas permanentemente definidas.
Pools inteligentes: aqui, também podem ser permitidos acréscimos de liquidez a qualquer participante, o que enseja emitir BPTs para rastrear a propriedade. Neste caso, porém, o controlador é um contrato inteligente, o que impacta como os parâmetros do grupo podem ser alterados.
Diferenciais no funcionamento do Balancer
É possível que o público mais habituado às leituras do mundo cripto esteja percebendo no Balancer semelhanças com outras opções. E, de fato, ele não é o único a permitir que as pessoas criem pools de tokens, por exemplo. No entanto, neste caso, vai além de ter um pool que, independentemente das alterações de preço, ajusta-se para manter os tokens igualmente ponderados. Ele se descola dos demais por permitir que mais de um token seja adicionado, e sem ser necessário ter ETH.
O Balancer também não é a primeira forma de criação de mercado automatizada no mundo das finanças descentralizadas. Mas ele se destaca ao suportar que os provedores de liquidez tenham até oito ativos por mercado. Assim, coloca a gestão automatizada em outro patamar, uma vez que ativos são ponderados por porcentagem e rebalanceados automaticamente de modo a propiciar carteiras completas.
Mais um ponto que faz do Balancer algo bastante único no mercado é a possibilidade de se efetuar um depósito de qualquer quantia do ativo desejado. Geralmente, há a exigência de que se faça um aporte de pelo menos 50%.
Vantagens de usar o Balancer
Por tudo o que trouxemos em relação aos seus diferenciais, o Balancer é considerado um AMM superior em relação à flexibilidade. Ele está acima dos seus concorrentes entre as DeFis na facilidade do desenvolvimento de portfólios. Nesse sentido, a criação de pools de liquidez com mais de dois ativos ainda é algo à frente das demais opções. Isso se verifica de tal maneira que outros protocolos utilizam a Balancer como projeto de apoio para incentivar liquidez e outras funcionalidades.
Além disso, a segurança do protocolo também é bastante referenciada como um pilar de seu sucesso. Sendo um programa que conta com programadores de renome desde seu lançamento, o Balancer apresenta um processo bastante criterioso de auditorias. Recompensas por bugs e controle de emergência também são considerados positivos. É claro, contudo, que essa é uma rede, como as demais, que conta, sim, com o risco de ataques e já teve de lidar com perdas nesse sentido.
Conclusão
Este texto é introdutório e tem a intenção de dar uma boa perspectiva sobre o Balancer. Mas a dica é sempre seguir estudando, principalmente se você estiver dando os primeiros passos no mundo cripto. Outro ponto bem importante é poder contar com ajuda especializada. Por isso, entenda como escolher a melhor plataforma de criptomoedas e avance em sua jornada com segurança e liberdade.
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