Memecoins: saiba o que são e se vale a pena investir
Uma das características mais fascinantes do universo cripto é a possibilidade de expandir as suas funcionalidades para ideias inimagináveis. E uma delas chama a atenção dos investidores: as memecoins, criptomoedas que surgem de piadas da internet e com grande potencial de valorização.
Conhecer a fundo como funcionam e de onde surgiram essas criptos é importante para evitar negócios muito arriscados. Saiba o que são as memecoins e conheça as principais representantes desse mercado.
Afinal, o que é memecoin?
Como o próprio nome sugere, uma memecoin nada mais é que uma criptomoeda inspirada em algum tipo de piada ou meme feito nas redes sociais. O exemplo mais conhecido desse mercado é a Dogecoin (DOGE), moeda que ganhou o apreço de Elon Musk e se tornou um fenômeno instantâneo desde que foi lançada.
Uma característica em comum entre as memecoins é a sua alta volatilidade. Apesar de todas as criptos apresentarem oscilações, essas, em exclusivo, têm um risco ainda maior, uma vez que são criadas com fins específicos e com prazo de validade curto — afinal, quando o meme deixa de viralizar, a moeda também perde força.
As memecoins são geralmente utilizadas como estratégia de especulação e ainda como forma de diversificação de carteira, já que costumam ser de baixo valor. Os riscos, porém, são grandes e não podem ser ignorados na hora de avaliar se vale ou não a pena negociá-las.
Os tokens criados com a finalidade de acompanhar um meme virtual não podem ser confundidos com as chamadas shitcoins, as criptomoedas fakes que são criadas com a intenção de roubar dados e enganar os investidores.
Como surgem as memecoins?
Grande parte das memecoins disponíveis no mercado surgem de piadas ou sátiras específicas e, por isso, têm prazo de validade. Porém, algumas delas deram tão certo que se tornaram criptos “sérias”, como é o caso da DOGE, que já figurou entre as moedas mais valiosas do mercado em 2021 e 2022.
O seu surgimento vem de várias frentes: fóruns virtuais, blockchains específicas, jogos NFTs, entre outras. Muitas vezes, sequer são divulgados os dados de quem as criou — mais um risco que deve ser levado em conta para a sua estratégia.
Conheça as principais memecoins
Agora que você já sabe o que são memecoins, nada melhor que conhecer as principais representantes desse mercado.
Dogecoin (DOGE)
A DOGE é o carro-chefe do mercado de memecoins, sendo principalmente influenciada pelo lobby do bilionário Elon Musk. Criada em 2013 e inspirada no meme Doge (um cachorrinho japonês da raça Shiba Inu), a cripto ganhou adesão e passou a performar muito bem no mercado.
Em 2021, o mercado de capital da Dogecoin ultrapassou a marca de US$ 91 bilhões, mesmo com a cripto sendo utilizada apenas como investimento especulativo. A partir de 2022, entretanto, ela passou a ser aceita como meio de pagamento em vários estabelecimentos mundo afora.
Shiba Inu (SHIB)
A segunda representante mais famosa desse mercado é a Shiba Inu , que foi criada em 2021 para rivalizar com a principal memecoin. Conhecida como Dogekiller, ela também é inspirada no cachorro da raça de mesmo nome, mas tem funcionalidades diferentes da sua concorrente.
A SHIB tem um fornecimento limitado de 1 quatrilhão de tokens, sendo que 50% deles foram queimados ou doados para instituições de caridade. Por outro lado, a DOGE pode ser emitida de maneira ilimitada.
Dogelon Mars (ELON)
O bilionário Elon Musk também ganhou uma homenagem no universo das memecoins: a criptomoeda Dogelon Mars. O nome é um trocadilho com a DOGE e uma brincadeira com o sonho do empresário em se mudar para Marte.
O objetivo ousado dessa cripto é ser uma espécie de moeda intergalática, mas é claro que – ao menos por enquanto – não passa de uma brincadeira. A ELON atingiu seu pico de negociações em outubro de 2021, quando passou a valer US$ 1,4 bilhões.
YooSHI (YOOSHII)
Uma das memecoins mais recentes do mercado é a YooShi, cujo nome foi dado em homenagem ao personagem Yoshi, do jogo Super Mario. A moeda foi criada com o objetivo de ser um token de metaverso, mas ainda não ganhou atração do mercado.
O YooShi tem US$ 30 milhões mensais em capital de mercado e atualmente está disponível em apenas duas exchanges internacionais.
Vira-lata Finance (REAU): a memecoin brasileira
Quando o assunto é meme, é óbvio que o Brasil não poderia ficar de fora. E foi assim que surgiu a primeira memecoin brasileira, uma homenagem a um personagem tão icônico da nossa cultura: o vira-lata caramelo.
A Vira-lata Finance (REAU) chegou a valorizar 1.000% desde que foi lançada em 2021, mas assim como outras memecoins, viu o seu valor derreter em até 60% desde então.
Vale a pena investir em memecoins?
Como dito ao longo do texto, as memecoins são criptomoedas extremamente voláteis e com caráter especulativo, pois não são utilizadas para muitas finalidades. Além de o mercado cripto já ser volátil por si só, as memecoins têm essa característica ainda mais acentuada, uma vez que o seu prazo de validade costuma ser curto.
Essas moedas geralmente são negociadas em estratégias de day trade, negociações curtas que costumam durar um único dia ou, no máximo, uma semana — no caso do swing trade. A chance de perder dinheiro é muito alta, por isso você deve se planejar para não gastar um montante considerável.
Você pode apostar nessas criptos como forma de diversificar a carteira, já que elas costumam ser bem mais baratas em relação a outros ativos. Ainda assim, é recomendável que o valor movimentado não ultrapasse o limite da sua organização financeira.
Conclusão
As memecoins são um atrativo à parte no mercado cripto e não devem deixar de existir tão cedo. Para negociá-las com segurança, é importante que você tenha um conhecimento mais avançado e o auxílio de plataformas confiáveis e seguras de posicionamento quando o assunto são os criptoativos.