A pauta ESG nunca esteve tão em alta como hoje. E se até então as preocupações ambientais eram temas discutidos apenas entre governos, agora elas fazem parte até mesmo das estratégias dos investidores. É nesse cenário, junto à popularização dos criptoativos, que foi lançado o MCO2 Token.
Primeiro token de crédito de carbono da categoria, o MCO2 tem o objetivo de angariar fundos para a preservação do meio ambiente por meio da venda de ativos que visam fortalecer as estratégias de ESG de milhares de empresas. Ou seja, uma oportunidade e tanto para o investidor contribuir com a redução global da emissão de carbono.
Mas, afinal, o que é esse ativo e como ele impacta diretamente o meio ambiente? Acompanhe o texto a seguir e saiba tudo sobre o MCO2 Token.
MCO2 Token: o que é?
Lançado em março de 2020, o MCO2 é um token de crédito de carbono global com foco na compensação da pegada de carbono. Criado pela empresa MOSS, o ativo digital é lastreado em blockchain e negociado em plataformas de criptomoedas.
Além de ser reconhecida por incluir seus detentores nas discussões e permitir que eles comentem, opinem e votem nas mudanças dos protocolos da moeda, deve ser possível adquirir a MOSS por atacado.
De acordo com a empresa, cada token vendido equivale a uma tonelada de gás carbônico que deixa de ser emitida na atmosfera por meio de iniciativas que fazem parte do mecanismo REDD e REDD+ (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal somado à conservação do território).
Entenda o crédito de carbono!
O crédito de carbono foi criado a partir do Protocolo de Kyoto, em 1997, e desde então é tratado como uma iniciativa que reduz a emissão de dióxido de carbono (CO2) na Terra. Com o fortalecimento das estratégias ESG tomando conta do mercado de investimentos, o plano passou a ser inserido em ativos de investimento.
Ao adquirir um crédito de carbono, você como investidor pode contribuir para projetos que incentivam práticas sustentáveis de redução do efeito estufa e até mesmo do aquecimento global.
A tokenização de créditos de carbono segue uma tendência mundial do mercado cripto que visa captar recursos para a tomada de estratégias de governos e empresas. É uma forma direta de contribuir com as demandas ambientais por meio da obtenção de criptoativos lastreados nesses projetos.
Por que o MCO2 “compensa e recompensa”?
O valor gerado pelas vendas dos tokens MCO2 contribuem para o apoio a projetos ambientais que evitam a emissão de gases estufa (GEE). Portanto, além de compensar os efeitos nocivos, recompensa o investidor por meio de ações diretas.
Já imaginou poder cooperar com a preservação da Amazônia de forma eficaz por meio da tecnologia blockchain? Agora você pode, e de uma forma segura e lastreada no mercado cripto.
Como os créditos de carbono são gerados?
Se ainda há dúvidas sobre como essa troca entre compensação e recompensa é feita, vamos explicar na prática. Há diferentes maneiras de gerar créditos de carbono, como conservar as florestas via injeção de economia sustentável – silvicultura e pecuária são dois exemplos.
Também é possível substituir uma fonte de energia não renovável por uma fonte de energia limpa, culminando no aumento do “score” ambiental. O investimento em reflorestamento, bem como os incentivos implementados por políticas públicas, também afeta diretamente a iniciativa.
Com a criação de um token digital voltado para a área, o crédito de carbono deixa de ser apenas um gasto para virar um ativo que pode ser vendido globalmente em bolsas internacionais. Dessa forma, investidores de todo o mundo podem participar ativamente na redução de outros gases de efeito estufa.
As carteiras digitais em blockchain aumentam a segurança do processo e dão maior transparência às transações, permitindo que usuários façam aportes voltados para o incentivo às políticas ambientais.
Como o MCO2 Token impacta positivamente o meio ambiente?
Como dito anteriormente, a aquisição de MCO2 Token é uma maneira de o investidor apoiar as políticas ambientais de diferentes frentes. O investimento é revertido para projetos de preservação de ONGs e startups voltadas para a sustentabilidade – entram nessa lista ações em prol da Amazônia e da redução do aquecimento global.
A Moss, empresa responsável pela emissão dos tokens de crédito de carbono, utiliza critérios rígidos para definir a escolha dos projetos que receberão os aportes, além de indicação técnica e fiscal para a definição de prioridades.
Segundo a própria companhia, ela já transacionou mais de R$ 70 milhões desde o lançamento do token. Esse valor foi utilizado para conservar aproximadamente 500 milhões de árvores na Amazônia.
Conclusão
Como é possível observar, o mercado cripto tem voltado suas atenções para a criação de ativos que incentivam práticas sustentáveis a nível global. O investidor que deseja bons frutos no longo prazo deve ter em mente que o investimento em projetos voltados para o meio ambiente é uma boa estratégia para diversificar a carteira.
A tokenização é uma tendência que chegou para ficar e deve se expandir ainda mais nos próximos anos. Entretanto, é importante ressaltar que ainda não há uma regularização clara sobre esse mercado, e alguns projetos podem esbarrar em questões legais.
Ainda assim, o investimento em MCO2 é considerado um dos mais vantajosos da atualidade, já que permite aos usuários contribuir diretamente para a melhora dos índices ambientais, além de ser um incentivo a mais para a prática.