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Críticos do Bitcoin: conheça Peter Schiff, Paul Krugman e Nassim Taleb

Críticos do Bitcoin: conheça Peter Schiff, Paul Krugman e Nassim Taleb

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Luana Miyuki
Content Analyst
10/10/22

Mesmo após se tornar um dos 15 ativos negociados com maior valor de mercado no mundo, o Bitcoin (BTC) segue atraindo críticos. Na realidade, as criptomoedas incomodam, e alguns comentaristas de economia e estudiosos insistem em afirmar que o setor é uma bolha ou uma moda passageira.

De fato, não há como negar a volatilidade, ou seja, a forte oscilação de preço das moedas digitais. Essa característica é normal em setores emergentes e mesmo as gigantes de tecnologia passaram por esse estágio no início dos anos 2000. O mesmo fenômeno ocorreu com as empresas de energia renovável, que passaram por uma bolha em 2007, e outra, mais recente, no início de 2021, apresentando quedas de 70% no período de 12 meses. 

Em suma, as fortes quedas não significam necessariamente a “morte” de um determinado setor, portanto, é importante entender quem são os críticos do Bitcoin.

Peter Schiff: um ávido defensor do ouro

Esse comentarista de economia e investidor se especializou em metais preciosos, e trabalhou como trader no mercado de ações na década de 1990. Em seguida, deu início a sua empresa de administração de valores, com apelo para uso de offshores — as estruturas em paraísos fiscais.

Schiff ganhou fama ao detonar previsões alarmistas para o rumo da dívida norte-americana, a alta do ouro, o endividamento no cartão de crédito e para o setor imobiliário. A sua crítica ao BTC foca em argumentos vazios, como a baixa aceitação no comércio, os perigos da regulação e a formação de bolhas especulativas no preço.

Em novembro de 2013, Schiff, que também é CEO e gestor da Euro Pacific Capital, afirmou que o Bitcoin era uma “mania das tulipas 2.0”, se referindo à bolha dos contratos futuros na negociação de tulipas na Holanda, há 500 anos atrás.

Em agosto de 2022, Peter foi obrigado pelas autoridades de Porto Rico a encerrar as operações na região após suspeitas de fraude fiscal e lavagem de dinheiro, o que também incluiu o pagamento de uma multa de US$ 300 mil.

Curiosamente, o seu filho, Spencer Schiff, é um entusiasta do BTC e, embora jovem, possui 100% de seu portfólio alocado na criptomoeda.

Paul Krugman: o economista premiado que há 10 anos detona o Bitcoin

Embora seja um economista renomado, Krugman é mais lembrado por afirmar, em 1998, que a internet seria uma moda passageira, assim como foi o aparelho de fax. O autor de diversos livros, ex-professor universitário e intelectual, foi premiado pelo seu estudo na distribuição geográfica nas atividades econômicas e no comércio internacional.

A sua primeira crítica ao BTC ocorreu em setembro de 2011, quando afirmou que a criptomoeda jamais poderia se tornar dinheiro por conta de seu limite de emissão e pela falta de um banco central atuando na sua coordenação.

Em 2013, Krugman declarou que o Bitcoin é algo danoso, desenhado como uma arma para tentar destruir a imagem dos bancos centrais, assim como para atrapalhar os Estados na coleta de impostos e na monitoração das transações comerciais — algo que ficou sem sentido após El Salvador adotar a cripto como uma de suas moedas oficiais.

A sua crítica seguiu em 2018, quando afirmou que por não ter um lastro, as criptomoedas dependem de novos especuladores, sempre apostando na alta. Mesmo com todo o sucesso do setor, Krugman segue afirmando que tudo não passa de uma bolha especulativa e um esquema de pirâmide.

Nassim Taleb: o guru da antifragilidade

Nassim Nicholas Taleb é um matemático e estatístico, autor de diversos livros com recordes de vendas. Ex-professor universitário de risco e finanças, ele tentou carreira na área de gestão de fundos de investimentos, mas sem muito sucesso.

Taleb é um ferrenho crítico das ferramentas de avaliação de riscos na indústria financeira e sempre alertou para os perigos de um crash de proporções jamais antes vistas, sugerindo um sistema que dá mais importância para eventos inesperados. Seu trabalho de “risco de cauda” é reconhecido e utilizado até hoje em modelos de precificação de impacto em finanças.

Apesar de ter inicialmente defendido e até comprado uma posição em Bitcoin, Taleb afirmou, em fevereiro de 2021, que o BTC fracassou como moeda por conta de sua forte oscilação de preço e que o seu desenvolvimento foi tomado por negacionistas da vacina. Alguns meses depois, chegou a afirmar que a criptomoedas não passava de um esquema de pirâmide.

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