Em junho de 2020, o Centro de Informação da Indústria da China (CCID), colocou a criptomoeda EOS como líder da lista de ativos digitais. O estudo chinês é baseado em aplicabilidade, tecnologia básica e criatividade.
Apesar disso, muitas pessoas que querem investir no setor ainda não conhecem o EOS. Esse é o seu caso? Então siga lendo este conteúdo e aprenda mais sobre essa nova criptomoeda!
O que é a criptomoeda EOS?
A rede EOS é uma infraestrutura poderosa para o desenvolvimento de aplicativos descentralizados. Dentro dessa plataforma, existe o token EOS que não funciona, necessariamente, como troca de valor, a exemplo do que ocorre com o Bitcoin.
Embora seja possível usar o EOS para essa finalidade, seu principal objetivo é permitir a compra de recursos para a execução de smart contracts. Nesse sentido, podemos comparar o funcionamento da criptomoeda EOS com o Ethereum, sendo um concorrente direto da plataforma.
Como o EOS funciona?
O EOS foi lançado em setembro de 2017 (e começou a operar em junho de 2018) por uma empresa chamada block.one. No início, ele era uma criptomoeda que funcionava a partir do Ethereum, como um token ERC 20.
A blockchain do EOS consiste em um protocolo conhecido como smart contract (contrato inteligente), com o objetivo principal de construir aplicativos de forma autônoma e descentralizadas, o d’Apps.
Seu funcionamento é semelhante ao Ethereum, contudo os criadores acreditavam que existiam diversos aspectos que poderiam ser melhorados. Como resultado, criaram o EOS – que promete realizar milhões de transações por segundo, sem taxas.
Validadores
Para alcançar isso, é usado um sistema de Prova de Participação, chamado DPOS. Nele, 21 produtores de blocos são escolhidos por uma votação contínua para validarem as transações. Os 21 delegados são eleitos pela comunidade e todos eles são responsáveis por suas ações. Caso a comunidade não se sinta satisfeita com o desempenho de um deles ou de todos, poderá eliminá-los.
Como esse grupo de validadores é pequeno, o tempo para as transações serem validadas é muito menor. Assim, não importa o tamanho da comunidade, o pequeno número de delegados diários permite que a velocidade das transações permaneça sempre rápida.
Esses validadores são pagos com uma parte do EOS, removendo a necessidade da cobrança de taxas de transação.
A votação pode ser feita a partir das wallets de EOS ou em páginas criadas para essa finalidade. Ainda que, em tese, não existam restrições específicas de hardware para se candidatar a uma vaga, geralmente os candidatos eleitos são os que têm equipamentos de ponta. Afinal, eles são os únicos que validam as transações, então é esperado que consigam realizar isso de maneira eficaz.
Sistema DPOS
Quando ocorreu o ataque ao DAO, o Ethereum praticamente parou e a comunidade acabou se dividindo após um hard fork. Para evitar esse tipo de problema, o EOS utiliza o DPOS.
Dessa forma, caso um D’App tenha defeito, os produtores de bloco eleitos conseguem congelar o D’App defeituoso até que o sistema volte ao normal. Isso significa que não é necessário que todos os nós sejam responsáveis por todo o sistema.
No sistema de DOPS, alguns nós atuam como produtores de blocos, podendo votar em quais transações são confirmadas, quais aplicações estão funcionando adequadamente e quais mudanças devem ser feitas em um código individual ou no sistema e a comunidade poderá ativamente realizar upgrade, downgrade e correção de bugs no sistema de maneira segura e democrática.
Criptomoeda EOS
Assim como outras plataformas de blockchain, também há a criptomoeda EOS, um token próprio da plataforma. A moeda foi oferecida por 350 dias entre 2017 e 2018, com compras baseadas em EHT.
A criptomoeda EOS não tem uma função específica, sendo usada para que os desenvolvedores que estão criando aplicativos possam gerar tokens de seus apps. Ela também funciona para a votação dos blocos.
A crescente valorização da criptomoeda fez com que ela se estabelecesse entre as 10 principais no mundo.
Assim como outras criptos, o EOS pode ser usado para trocar por outras criptomoedas ou como uma reserva de valor. Porém, até o momento, seu verdadeiro uso está atrelado à rede EOS.
O que posso fazer com a rede EOS?
Agora que você já sabe como funciona a rede EOS, pode estar se perguntando como poderá usá-la, certo? Abaixo separamos algumas funções oferecidas.
Contratos inteligentes
A plataforma consegue executar milhares de contratos inteligentes (executados de maneira autônoma). Assim, centenas de aplicações podem ser construídas na blockchain, como sistemas de DNS, smart contracts e outras que dependam de confiança.
Aplicações descentralizadas (D’Apps)
São aplicativos executados dentro do sistema EOS. É a mesma ideia da Ethereum, porém com algumas diferenças. Uma das mais bem sucedidas aplicações é a Bitshares, uma plataforma com funções de criação de tokens, exchange e capaz de se autorregular.
Enquanto na Ethereum, todas as transações são pagas pelos usuários e desenvolvedores ao criarem o código (uma barreira de entrada grande para novos usuários), na rede EOS os desenvolvedores podem pagar a rede para executar o contrato do cliente, com uma maneira mais acessível de fazer negócios.
Além disso, a criação de aplicativos na EOS pode ser feita com linguagens de programação como o JavaScript, uma das mais populares do mundo.
EOS: vantagens e desvantagens
Não é à toa que a rede EOS tem estado em alta, afinal ela oferece uma série de vantagens. Veja abaixo em detalhes.
Vantagens
- D’Apps mais populares: os D’Apps construídos na rede EOS são mais populares e usados com mais frequência, com um volume de transação mais alto do que os da concorrente Ethereum. O que ocorre, em parte, à propriedade da rede concedida aos titulares de moedas.
- Escalonamento infinito: os criadores afirmam que a rede EOS tem um potencial para escalonamento praticamente infinito, porque o sistema DPOS consegue facilitar potencialmente milhões de transações por segundo, independentemente do tamanho da rede, devido ao conjunto de validadores, como explicamos.
- Sistema operacional descentralizado: o EOS é um software operacional descentralizado, que permite aos titulares da criptomoeda EOS terem parte na rede, proporcionalmente a quantidade de criptomoedas que possuem. Isso faz com que não haja a necessidade de cobrança de taxa de transação, como ocorre na Ethereum.
- Responsivo: o DPOS permite que a rede responda a problemas. Assim, caso ocorra um ataque como o DAO na rede Ethereum, os validadores podem votar para congelar o app até que ele seja corrigido, permitindo que a rede continue a operar normalmente.
Desvantagens
Como todo projeto, a rede EOS também conta com algumas desvantagens. Alguns críticos afirmam que, como a plataforma foi projetada para depender de apenas 21 “delegados”, ela seria mais centralizada que a Ethereum e outras criptos.
Além disso, como a EOS depende da votação das partes interessadas, a baixa participação eleitoral poderia levar a uma centralização. Diante disso, algumas pessoas sentem-se preocupadas que os usuários regulares sejam incapazes de auditarem a rede, a menos que planejem realizar isso executando pessoalmente um nó completo.
EOS x Bitcoin: principais diferenças
Depois de ler mais sobre a criptomoeda EOS, já deu para notar algumas diferenças significativas em relação ao Bitcoin, certo? Colocamos em detalhe os pontos mais importantes.
Objetivos
Enquanto a rede blockchain do Bitcoin foi criada para validar as transações com a criptomoeda, a rede EOS tem um funcionamento semelhante a Ethereum, voltada para a criação de apps e smart contracts.
Criptomoeda
O Bitcoin é, em si, uma criptomoeda, que permite comprar itens no mundo real, pagar contas, fazer transferências e também funciona como investimento e reserva de valor.
A plataforma EOS é uma rede de criação de smart contracts e apps e conta com uma criptomoeda própria, a criptomoeda EOS. Ela é mais usada dentro da própria plataforma, permitindo que os usuários validem e votem nos delegados.
Além disso, os detentores da criptomoeda EOS são os proprietários da rede. Assim, a quantidade de EOS que você possui é o quanto de participação e poder de voto você tem.
Apesar disso, seu modo de funcionamento é bem parecido com as outras criptos, já que você pode enviar, guardar ou receber trocas entre carteiras, sendo, portanto, um bom sistema de pagamento.
Mineração
Para gerar novos Bitcoins, existe a mineração. Ou seja, a cada nova transação, os nós da rede devem resolver um problema matemático. Quem resolver primeiro, é premiado com Bitcoins. A função matemática é conhecida como hash e obtida por meio de cálculos complexos, exigindo alto poder computacional.
A rede EOS também usa o modelo Proof-of-Work, baseado na recompensa para quem validar os blocos. Contudo, a emissão da criptomoeda EOS está restrita apenas aos produtores. Assim, não é possível minerar EOS. No total, 21 produtores são responsáveis por gerarem os blocos e recebem uma recompensa por cada bloco encontrado.
Como o EOS não pode ser minerado, todos os anos a oferta aumenta 5%, sendo que 1% é usado para compensar os produtores de blocos do ano passado. Então, se alguém se tornar produtor de bloco, poderá receber EOS de uma maneira semelhante à mineração de Bitcoin, embora haja essas diferenças significativas que explicamos.
Outras diferenças
Além disso, o EOS conta com uma escalabilidade muito maior que o Bitcoin, porque a arquitetura da sua blockchain é diferente, especialmente considerando o sistema de funcionamento de 21 validadores, que traz maior velocidade às transações.
Como comprar a criptomoeda EOS?
Para comprar EOS, o processo é o mesmo de outras criptos. Basta se cadastrar em uma exchange que trabalhe com a moeda e criar uma ordem de compra. Uma das exchanges brasileiras que trabalham com a criptomoeda EOS é a Ripio.
Caso deseje comprar EOS, o processo é muito simples. A Ripio aceita depósitos de valores a partir de R$10. O processo é:
- criar sua conta no nosso site;
- adicionar saldo;
- fazer sua compra.
Gostou de conhecer mais sobre a criptomoeda EOS? Deseja incluí-la na sua carteira?
Nós criamos este conteúdo para você que quer fazer parte do universo cripto e ele pode ser a sua porta de entrada nesse novo mundo. Ainda não conhece a plataforma da Ripio? Acesse o site para se cadastrar e começar a fazer parte da nova economia digital.