Comprar criptomoedas tornou-se uma tarefa relativamente simples após os usuários ganharem experiência com as exchanges. Entretanto, o processo de guardar esses ativos digitais ainda gera dúvidas para os investidores e traders, já que eles acreditam que fazer a própria custódia pode ser perigoso ou complexo.
As cold wallets (carteiras frias) são dispositivos físicos que armazenam as senhas de acesso dos endereços virtuais na blockchain. As marcas Ledger e Trezor são as mais antigas e conhecidas, mas existem outros fabricantes no mercado. Siga a leitura para conhecê-los.
O que é cold wallet?
A blockchain é o banco de dados compartilhado das criptomoedas, onde ficam armazenados os registros e as transações. Para se conectar com esse sistema é preciso uma carteira digital (wallet) e ela existe em diversos formatos.
Por exemplo, alguns usuários preferem manter o controle de acesso em seus aplicativos para smartphone ou PC. Esse método é eficiente e rápido, pois o dispositivo está conectado à internet para transmitir e receber informações.
Na ponta oposta, a cold wallet depende de outro aparelho para se conectar com a rede blockchain. Para isso, basta um pedaço de papel e caneta para anotar sua senha-mestra (seed), que pode ser uma sequência de letras e números ou uma série de 12 ou 24 palavras em inglês.
Em suma, a carteira fria não está conectada diretamente à internet. Desse modo, mesmo que o usuário opte por um sistema eletrônico, o envio de dados para a rede ocorre através de um QR Code, cabo, bluetooth ou de uma entrada manual.
O que são Ledger e Trezor?
A Ledger e a Trezor são fabricantes tradicionais e conhecidas de cold wallets, que são dispositivos eletrônicos que se assemelham a um pen drive e que são protegidos com senhas. Os seus softwares se tornaram padrão da indústria, oferecendo integração com diversas exchanges e aplicativos.
Quais são as hardware wallets alternativas?
Para escolher uma hadware wallet (carteira física) é preciso pensar no objetivo final do usuário e no seu portfólio de ativos digitais. A Coldcard, por exemplo, foi desenhada unicamente para endereços de Bitcoin e conta com funcionalidades avançadas de privacidade e segurança.
Já a Keepkey, desenvolvida pela Shapeshift, oferece um sistema integrado de troca entre diferentes ativos digitais. Com um preço acessível, ela é voltada para iniciantes.
Enquanto isso, a SafePal oferece um modelo com leitor de QR Code embutido, tornando a operação segura e simples, sem a necessidade de cabos ou similares.
Para os adeptos do padrão USB-C, a BitBox oferece um modelo com código-fonte aberto — ou seja, ele é totalmente verificável — e display de LCD no próprio pendrive.
Por último, a Blockstream Jade é voltada para as aplicações de segunda camada na rede Bitcoin, especialmente a rede Liquid. Os seus mecanismos adicionais de segurança a tornam uma opção perfeita para os interessados nessa tecnologia.
Quanto custa uma cold wallet?
Estes dispositivos eletrônicos são ofertados em dólares, pois a maioria dos fabricantes busca o mercado norte-americnano. A KeepKey, por exemplo, é vendida lá fora por US$ 79. De maneira similar, a SafePal é oferecida na loja oficial por US$ 70.
Os modelos mais caros incluem a Elipal Titan, que custa US$ 119, e a SecuX V20, que sai por US$ 139 e oferece bluetooth, conexão USB-C e bateria que dura várias semanas. Outro modelo nesta mesma faixa de preço é a BitBox02, vendida por US$ 129 no seu site oficial.
Qual a melhor hardware wallet além de Ledger e Trezor?
Mais importante do que encontrar a melhor carteira fria é dominar a tecnologia. Deve ficar claro para o usuário que tais dispositivos apenas armazenam as senhas de acesso, pois o ativo digital nunca sai da blockchain.
Outro ponto importante é entender a importância de anotar em local seguro uma cópia da senha-mestra, sendo recomendável uma chapa de aço ou titânio, por exemplo, como o modelo brasileiro oferecido pela Stackbit — conhecida como carteira de metal, ela consegue manter sua senha-mestra em caso de incêndio ou corrosão.
Por último, o usuário deve fazer a conta para ver se vale a pena o gasto com uma hardware wallet. Se o objetivo do usuário é fazer trade ou se ele é pouco familiarizado com a tecnologia, deixar as suas criptomoedas em uma exchange é mais prático e seguro.
Ainda, é importante não realizar atualizações sem verificar diretamente o site do fabricante da cold wallet e não comprar tais dispositivos em marketplaces ou lojas fora dos representantes oficiais das marcas.
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