Voltar ao início

Cold Wallet: Entenda como funciona

Cold Wallet: Entenda como funciona

Você sabe o que é um cold wallet de criptomoedas? Saiba como ela funciona e as principais vantagens para armazenar seus ativos.

Santiago Juarros
Content Analyst
15/9/22

Cold wallet: o que é e quais as suas vantagens?

Se você já investe em cripto ou ainda está pesquisando sobre esse mercado, é provável que já tenha ouvido falar nas carteiras de armazenamento desse tipo de ativo. Elas são a melhor forma de proteger as criptomoedas e existem em diversos formatos. Entre as principais opções do mercado, as cold wallet se destacam entre as mais seguras.

As chamadas “carteiras frias” possibilitam o armazenamento de chaves públicas e privadas de modo offline – ao contrário das hot wallet, que só podem ser acessadas quando conectadas à internet. Mas, afinal, como elas funcionam?

Confira o texto a seguir e saiba o que é cold wallet, quais são as opções disponíveis no mercado e as principais vantagens e desvantagens da categoria. 

O que é uma cold wallet?

A cold wallet (carteira fria) é um mecanismo de armazenamento que funciona de maneira offline e sem a necessidade de conexão com a internet. Não tendo conexão direta com a internet, ela se torna uma opção mais segura contra os ataques cibernéticos.

Esse tipo de wallet serve para gerenciar as criptomoedas, bem como realizar transações e receber pagamentos. A grande maioria das opções de carteiras frias são representadas por softwares físicos que lembram um pen drive. 

Esse tipo de armazenamento é o mais recomendado para quem deseja manter os seus ativos digitais guardados por mais tempo — o chamado hodl —, uma vez que oferece maior segurança no longo prazo. 

Como a cold wallet funciona 

As carteiras de criptomoedas podem ser gerenciadas tanto com chaves privadas como por meio de endereços públicos, desde que restritas aos usuários. A principal característica da cold wallet, portanto, é o poder de armazenamento offline dos ativos digitais. 

O seu funcionamento é bastante simples: as criptomoedas são armazenadas em dispositivos físicos, como um pen drive ou outro tipo de software, e você pode acessá-las por meio de um código exclusivo e intransferível. Dessa forma, é possível transferir criptomoedas do endereço online para o offline e acessá-las sem a necessidade da internet.

Para que serve a cold wallet

Manter as suas criptomoedas fora da internet é a melhor maneira de evitar um ataque de hackers, que pode fazer com que você perca todos os seus ativos digitais em um instante. Assim, a principal funcionalidade de uma cold wallet é proporcionar maior segurança para o armazenamento dos tokens digitais. 

Muitas das hot wallets armazenam seus ativos em nome de terceiros, o que pode ser um risco. Caso algo dê errado no servidor dessas carteiras, ou caso as empresas responsáveis fecharem, as suas moedas podem ser perdidas. Ao utilizar uma carteira fria, você se mantém distante de todas as oscilações e problemas que podem ocorrer.

Cold wallet x hot wallet: quais são as principais diferenças?

Como dito anteriormente, em termos de armazenamento de criptomoedas, existem duas opções: as cold wallet, que você está conhecendo mais a fundo agora, e as hot wallet (carteiras quentes).

A principal diferença entre elas é que as hot wallet ficam conectadas à internet — sendo mais práticas para o uso no dia a dia — e via sistema de nuvem — que pode ser acessado de qualquer dispositivo —, enquanto que as cold wallet funcionam como uma espécie de cofre. 

Para que você entenda melhor, pense que as carteiras quentes são como as contas correntes nos bancos, enquanto as carteiras frias são semelhantes à poupança.

Outra diferença significativa é que você pode encontrar diversas hot wallets gratuitas na internet, basta se registrar num site especializado e começar a usá-las. Já as cold wallets devem ser adquiridas de maneira individual e costumam ter custos mais elevados dependendo do nível de segurança imposto pelas marcas.

É claro que não estamos falando que as carteiras quentes são totalmente inseguras, pois tudo dependerá dos hábitos de utilização dos usuários. Contudo, elas têm maior vulnerabilidade porque ficam constantemente conectadas à internet. Dessa forma, estão o tempo todo sob ameaça de ataques.

Principais tipos de cold wallets disponíveis no mercado

Agora que você já sabe como funcionam, nada melhor que conhecer os tipos de cold wallet disponíveis no mercado. Há diversos formatos e cada um possui as suas particularidades. Confira!

Desktop/mobile Wallet

As carteiras de desktop ou mobile representam uma modalidade de caderneta que existe apenas no dispositivo do usuário. Ou seja, mesmo sem a conexão da internet, ela precisa ser acessada por uma máquina específica, o que pode acabar limitando o acesso aos ativos.

A desktop wallet pode ser utilizada para exportar arquivos de chaves privadas criptografadas em ambiente offline, além de permitir o armazenamento desses códigos na máquina física. Porém, para receber fundos e realizar movimentações é preciso estar conectado à internet.

Paper Wallet

A carteira de papel é considerada a cold wallet mais acessível e barata do mercado. Ela contém um par de chaves privadas e públicas impressas em um pedaço de papel e pode ser armazenada em um local seguro fora do computador do usuário.

Nesse método de carteira de criptomoedas, as chaves privadas são geradas de maneira offline, o que significa menos preocupação com a segurança, tanto no hold como nas transferências. Porém, é fundamental que você saiba armazenar a sua paper wallet em um local seguro e, principalmente, não esquecê-la numa gaveta ou outro compartimento.

Hardware Wallet

A hardware wallet é um dispositivo eletrônico que assina as transações por meio das chaves privadas, que ficam armazenadas offline. Dessa forma, essas cold wallets são as mais robustas em termos de armazenamento frio.

Na prática, se o dispositivo for danificado ou perdido, o hardware ainda permite que o usuário recupere os fundos usando uma chave-semente de backup. Existem 3 carteiras desse tipo que são as mais populares: a Trezor, a Ledger Nano S e a KeepKey, e elas são indicadas para quem deseja armazenar criptomoedas a longo prazo e de uma maneira mais segura.

USB Wallet

Por fim, a USB wallet nada mais é que um dispositivo com conexão USB, sendo considerada uma das maneiras mais simples de armazenar criptomoedas. Com ela, você pode exportar e salvar suas chaves privadas no dispositivo.

Porém, lembre-se que qualquer pessoa com acesso ao USB também terá acesso às suas criptomoedas. Além disso, podem existir falhas de hardware, já que o USB é um produto magnético. 

Quais as vantagens e desvantagens da cold wallet?

Cada cold wallet possui seus prós e contras e entendê-los é fundamental para poder escolher o melhor tipo de armazenamento. Confira a seguir as vantagens e desvantagens de cada modalidade de carteira fria:

Desktop/mobile Wallet

A principal vantagem envolvendo a desktop wallet se dá pela sua usabilidade, que é maior quando comparada às outras opções. Sendo uma das cold wallets mais seguras do mercado, ela oferece mais proteção e acessibilidade para quem utiliza o computador ou o celular.

A sua principal desvantagem é a não possibilidade de restaurá-la em caso de perda de dados, além de ficar salvo no histórico do computador, o que não permite apagar dados para esconder algum tipo de informação.

Paper Wallet

As carteiras de papel também têm suas vantagens, como o baixo custo de aquisição e a praticidade. Elas podem ser compradas como um cartão de presente e são fáceis de transportar. Entre as desvantagens, o fato de ser impressa pode gerar desgaste e insegurança dependendo da forma como é armazenada. 

Se estiver dentro da sua carteira tradicional de bolso, por exemplo, pode ser roubada da mesma forma que um cartão de crédito. Como é feita em papel, pode sofrer degradação ao longo do tempo ou queimar/rasgar. Ainda, os seus dados podem ser copiados em caso de roubo do papel.

Hardware Wallet

Entre as vantagens desse tipo de armazenamento, a carteira de desktop se destaca por ser uma das opções mais seguras do mercado, além de não sofrer com desgastes físicos. Esse tipo de cold wallet garante que os seus ativos não sofram cópias ou furtos, além de permitir a restauração em caso de perdas ou problemas.

Já as suas desvantagens incluem um custo maior de aquisição, a possibilidade de dano físico (como a quebra) e a falta de proteção contra água e outros fatores. Além disso, as hardware wallets não suportam todos os tipos de criptomoedas.

USB Wallet

Por fim, a USB wallet é uma das opções mais acessíveis e práticas para se ter no dia a dia. Além de simples, garante maior flexibilidade para carregar os dados para qualquer dispositivo. Porém, essa praticidade pode gerar menos segurança, afinal o USB pode ser conectado em qualquer desktop que ofereça a opção. 

Ela também pode ser danificada fisicamente se não armazenada em um local apropriado e, assim como outras opções, não permite o backup de dados em caso de perda.

Conclusão 

Depois de ler as informações que disponibilizamos neste texto, você acredita que a cold wallet é uma excelente opção de armazenamento para suas criptomoedas? Se sim, é importante avaliar diferentes critérios para fazer a melhor escolha.

O primeiro é a segurança! Este deve ser o ponto mais importante a se levar em conta no momento de escolha da sua cold wallet. Afinal, não existe nada mais essencial do que manter as suas criptomoedas protegidas. Depois, você deve fazer uma análise da usabilidade e de todas as funcionalidades do dispositivo.

Algumas cold wallets podem exigir maior conhecimento sobre configurações e interface, por isso é importante estar familiarizado com o assunto. Se você gosta de ter muitas criptomoedas e não tem pressa em esperar pela valorização, não precisa de uma carteira muito fácil de acessar ou de transacionar. Agora, se você planeja realizar várias transações com suas criptomoedas é importante ter uma carteira mais acessível para uso. Outro ponto essencial é o tamanho e a compactação da carteira, principalmente se você quiser levar a cold wallet para diferentes locais.

Por fim, especialistas apontam que o uso de carteiras digitais pode ser feito de maneira conjunta entre cold wallet e hot wallet. Com as carteiras quentes é possível manter uma pequena quantidade para o uso diário, pagamentos e transações. Já o restante do patrimônio fica em uma carteira fria, mantendo as criptomoedas seguras enquanto rendem.