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Estratégias de análise de criptomoedas

Estratégias de análise de criptomoedas

Ferramentas analíticas para alcançar investimentos de sucesso. Como a análise fundamentalista, técnica e de rede de origem se complementam.

Santiago Juarros
Content Analyst

Análise fundamentalista

Qualquer investimento, seja em criptomoedas ou ações, requer análise intensa. Saber o que dá valor a uma ação e o que pode dar no futuro é de vital importância. Também não é a mesma coisa investir em bitcoins do que em uma criptomoeda que ninguém usa. Esses tipos de escolhas podem definir a diferença entre um investimento bem-sucedido ou um fracasso.

Em primeiro lugar, o mais importante é compreender a análise dos fundamentos de cada criptomoeda. Ou seja, as características que as tornam únicas ou que podem diferenciá-las das demais, dando-lhes um valor próprio.

No caso do BTC, suas características fundamentais vão desde ser resistente à censura, sendo descentralizado, pseudoanônimo e fungível, até seu hard cap de 21 milhões de unidades. Essas características tornam o Bitcoin um ativo único. Essa pesquisa deve ser feita com cada criptomoeda em que alguém vai investir.

Por outro lado, embora não seja estritamente uma métrica objetiva, a adoção é um bom parâmetro. Este conceito tem a ver com o uso massivo de uma determinada criptomoeda por empresas tradicionais, bem como o uso de blockchain em seus processos de produção.

Exemplos disso são a incorporação do Bitcoin ao Cash App, a solução de pagamento fiat criada por Jack Dorsey (CEO e fundador do Twitter), ou o anúncio da incorporação de criptomoedas ao Paypal.

Os vários tipos de análise fornecem informações complementares. Quanto mais ferramentas você usar, melhor.

Análise “on-chain”

Além da análise fundamentalista, também é necessário revisar as informações sobre o uso de cada rede. À medida que mais usuários participam de uma criptomoeda, seu valor tende a crescer.

Existem várias ferramentas para analisar cada blockchain (por exemplo, Bitcoin) e obter informações.

Alguns dados a se levar em conta são o hashrate (que indica o número de mineradores  ligados à rede), o número de transações (o que nos dá uma ideia de quão usada ela é), o número de carteiras ativas (o que pode dar nos uma visão geral de quantos usuários e serviços existem) e o volume diário de transações (que é usado para medir o montante de dinheiro total que uma criptomoeda movimenta em um dia).

Podemos também revisar o valor de mercado (market cap), a soma total do valor da rede, resultante da multiplicação do preço de cada unidade pela quantidade em circulação.

Análise técnica

É uma ferramenta para a criação de estratégias de trading com base nas tendências do mercado. Olhando de perto os gráficos de altas e baixas, considera-se o comportamento passado, que pode se repetir. Mas é preciso ter cuidado, pois muitos desses movimentos acabam não acontecendo e, com isso, o investidor pode perder dinheiro.

Os analistas técnicos usam dados de mercado juntamente com indicadores matemáticos para tomar suas decisões ao operar. Essas fórmulas são sobrepostas automaticamente em um gráfico que é atualizado em tempo real, que é interpretado para determinar quando comprar ou vender.

Este método acredita que é possível prever a direção dos preços, o que o torna uma das principais ferramentas para tentar antever o comportamento dos mercados financeiros.

O principal é escolher alguns pares que tenham boa liquidez e muito tempo desde que iniciaram a ser negociados. Quanto mais história o par tem, mais "previsíveis" são seus movimentos. Depois é necessário escolher o intervalo de tempo que deseja ver refletido nas velas: 1 minuto, 1 hora, 1 dia... Também é importante escolher os indicadores e osciladores que mais nos interessam, sem sobrecarregar o gráfico.

Ferramentas computacionais permitem que você analise o "histórico" de preços de um ativo digital.

É importante estar atento às resistências e suportes, que são os tetos e pisos entre os quais o par oscila por um certo tempo. Mas também não podemos descartar o volume, que determina a liquidez de um mercado; e a tendência, que indica, de forma mais global, se o mercado está em baixa ou em alta.